Carlos Carvalhal abordou desta forma a goleada sofrida frente ao Benfica no estádio da Luz (6-1).

Análise

"A responsabilidade é toda minha e explico porquê. A nossa equipa veio de um jogo com o Paços de Ferreira em que atuou reduzida a dez, passado apenas três dias fizemos um jogo brilhante na competição europeia na quinta-feira e logo três dias depois tivemos este jogo. Assumo a responsabilidade porque quisemos jogar da mesma forma que sempre jogamos e não tínhamos energia para o fazer. Discutimos o jogo até que a energia começou a falhar. Este pormenor tendo em conta a forma como jogámos com pressão muito alta e onde tem que haver sempre articulação entre jogadores, basta falhar um metro, um milímetro, uma fração de segundos numa redução para equilibrar, contra jogadores como os do Benfica, rápidos na frente, para sentirmos muito problemas."

A mesma identidade

"Os jogadores foram sempre honestos, trabalhadores, a tentar cumprir o plano, mas a energia não estava lá. Assumo a responsabilidade de ter querido vencer o jogo. A outra opção seria, se calhar, jogar mais em contenção, ter ficado mais atrás e perderíamos 2-0, porventura. Mantivemos a identidade e entendemos com um acidente de percurso. Foi um dia difícil para nós. O adversário está de parabéns pela vitória. A sobrecarga de jogos recaiu sobre este jogo. Estamos tristes. No futuro, o percurso vai ser bom, como foi o caminho até aqui."

Também Ricardo Horta mostrou-se naturalmente desgostoso com a goleada.

"A análise é fácil de fazer, sofremos um resultado pesadíssimo, vínhamos de uma sequência boa sem perder e caímos com algum estrondo, mas sinto-me orgulhoso do que temos vindo a fazer. Isto não vai passar de um acidente, acrescentou.

Sobre o desgaste: "É possível que sim, talvez. O Benfica jogou dois dias antes e rodou alguns jogadores, mas não foi por aí. Depois de sofrer o empate, fomos à procura do 2-1 e levámos alguns golos em contra-ataque, que não é normal para a nossa equipa. Temos uma semana de paragem e vamos analisar o que se passou para que não volte a acontecer."