É uma questão sensível e que se levanta a todos os futebolistas de alta competição: depois de ‘pendurarem as chuteiras’, que futuro terão à sua espera? A carreira de um jogador de futebol é curta - na maioria dos casos não ultrapassa os 30/35 anos – e mesmo assim são muitos mais aqueles que privilegiaram a modalidade em detrimento de outras vias de preparação académica e profissional. O problema é que nem todos têm emprego garantido na sua área e nem todos conseguiram construir uma carreira que lhes permita viver dos rendimentos.

Estima-se que sete em dez jogadores passam por dificuldades económicas assim que terminam a carreira, segundo dados do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF). São conhecidos casos de ex-jogadores como Jorge Cadete ou António Veloso que viram a sua situação financeira desabar depois de se retirarem. Na milionária Premier League, três em cada cinco jogadores enfrentam a situação de bancarrota três anos depois de terminarem a carreira, de acordo com um estudo da XPro.

“Desengane-se quem pensa que o dinheiro é determinante. Se fosse não ouvíamos falar em jogadores que andaram a ganhar milhões e acabaram na bancarrota. Acho que a questão está relacionada com a educação da pessoa, a gestão da sua carreira, dos ativos, das competências. Por isso é tão importante o indivíduo preparar-se, não digo para uma segunda carreira, mas para um continuar de vida no pós-futebol”. Quem o diz é Ricardo Monteiro, mais conhecido como Tarantini. O capitão do Rio Ave tem sido uma das vozes mais ativas nesta questão, procurando alertar para a necessidade de investir na formação académica paralelamente à alta competição.

Quando o médio se mudou para Vila do Conde, em 2008, já tinha uma licenciatura em Ciências do Desporto, Educação Física e Desporto Escolar. O facto de jogar a nível profissional nunca o impediu de prosseguir os estudos. Em 2014, concluiu o mestrado em Ciências do Desporto pela Universidade da Beira Interior, estando neste momento a tirar o Doutoramento. Há dois anos lançou "A minha causa", projeto que pretende sensibilizar os futebolistas para a importância de salvaguardar o pós-carreira.

Tarantini concluiu o mestrado em 2014
Tarantini concluiu o mestrado em 2014 Tarantini concluiu o mestrado em 2014 créditos: DR

“Mais de 90% dos jogadores vão ter de continuar a trabalhar para sustentar a família. É importante alertar todos os profissionais, até mesmo os mais novos, de que esse dia vai chegar e, quando chegar, vão ter de estar minimamente preparados para arranjar uma alternativa. Quero crer que hoje em dia já começa a haver uma predisposição para refletir sobre este tipo de questões”, referiu o médio, de 34 anos.

Joaquim Evangelista, presidente do SJPF, também tem estado atento à evolução deste problema, e nota uma mudança de paradigma. “Houve uma altura em que a educação e o futebol andaram de costas voltadas. Tivemos uma geração de ouro, como foi o caso do Figo e do Rui Costa, a quem não foi dada a possibilidade de exercer as suas competências no Desporto, e depois tiveram de andar à pressa a formar-se e a qualificar-se. Tiveram de fazer um esforço maior para poderem continuar na área”, começou por dizer o dirigente.

“Os jogadores são o futuro do futebol português e podem ser uma mais valia, pela experiência e pelo conhecimento que têm do fenómeno desportivo. Mas só o serão se lhes forem dadas as condições para isso: gestos concretos e não uma ‘palmadinha nas costas’ como muitas vezes acontece. Temos de olhar para os jogadores como mais valias para os clubes, e não meramente como alguém que lhes empresta a imagem para os valorizar. Acho que isso está a mudar”, observou.

A tradição ainda é o que era: o primeiro futebolista mestre

O conceito de jogador-estudante – termo atribuído pelo professor catedrático Manuel Sérgio para definir o próprio Tarantini – vem de longe. Basta olhar para a história da Académica. Durante anos, a condição de atleta e de estudante na Associação Académica de Coimbra (AAC) era uma só. A forma como os adeptos se referem ao clube diz muito da sua génese: Briosa, Pardalitos do Choupal, Capas Negras, Estudantes. Para lá jogar, era preciso ter os estudos em dia.

O tempo tratou de reduzir a tradição a um número pouco significativo, mas uma nova geração de ‘doutores’ emergiu com a viragem do século. Em 2008, Nuno Piloto, na altura capitão da Académica, tornou-se no jogador com maior qualificação académica em Portugal, quando juntou à licenciatura em Bioquímica concluiu o mestrado em Medicina Legal e Ciências Forenses, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Com a classificação de Muito Bom.

O ex-futebolista – retirou-se no final da época passada aos 35 anos – considera que chegou onde chegou porque o pai sempre exigiu que estudasse para poder continuar a praticar futebol. “Foi essa a condição que me impuseram: podia continuar a jogar, mas para isso tinha de me aplicar e ter boas notas”, conta Nuno Piloto, que fez a licenciatura em Bioquímica. No caso de Tarantini, a influência também surgiu do meio familiar: “Sempre achei importante estudar. Tenho três irmãs mais velhas e todas elas concluíram a formação académica. Não quis fugir à regra.”

Com as devidas condicionantes, a história dos mestres, licenciados e estudantes da Primeira e da Segunda Liga mostra que é possível conciliar a universidade e o futebol profissional. Dizem eles que, com esforço e disciplina, tudo se consegue. “Acabava muitas vezes por não ter o tempo que a maior parte dos estudantes dispunha, o que me obrigava a fazer escolhas. Deixava alguns exames para a época de recurso”, recorda o antigo capitão da Académica, que chegava a aproveitar os momentos de descanso durante os treinos de pré-época para adiantar serviço: “O meu colega dormia a sesta e eu aproveitava para escrever a dissertação.”

Nuno Piloto estudou na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Nuno Piloto estudou na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Nuno Piloto estudou na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra créditos: DR

A verdade é que tanto Nuno Piloto como Tarantini sentiram qualquer tipo de inflexibilidade por parte dos clubes onde passaram. “Lembro-me que no meu primeiro ano de júnior na Académica tinha laboratórios de química das 14h às 20h, e os treinos começavam às 19h30. Tive de explicar a situação ao José Viterbo, que era o treinador na altura. Não era uma ideia que lhe agradasse muito, mas compreendia. O clube tinha sempre essa sensibilidade em relação a quem estudava”, explica o ex-jogador.

“Quando estava a tirar a licenciatura sentia mais facilidades por parte do clube [Sporting Clube da Covilhã] e dos treinadores. No lado da Universidade tinha o estatuto de trabalhador-estudante, mas isso pouco mudava. Dava-me mais uma época de exames em setembro, mas nada mais. Acabava por tentar ir ao máximo de aulas possível, porque isso depois fazia com que não tivesse de estudar tanto em casa. No Rio Ave já não precisei de fazer um esforço tão grande, porque o Mestrado exige um trabalho mais autónomo”, confidencia, por sua vez, Tarantini.

Do golo ao Benfica B ao 19 na tese de mestrado: a semana de sonho de João Vasco

O próximo caso de sucesso vem da Segunda Liga e de Barcelos. João Vasco, jovem avançado do Gil Vicente, clube ao qual está cedido pelo Tondela, viveu dias inesquecíveis no passado mês de março. Poucos dias depois de se estrear a marcar nas competições profissionais, diante do Benfica B, o jogador de 23 anos concluiu de forma brilhante o mestrado em Treino Desportivo para Crianças e Jovens, pela Universidade de Coimbra. A tese - com o tema Futebol e Saúde Óssea – valeu-lhe a nota final de 19 valores.

“São dias que ficam para a vida. Por um lado, fiz o meu primeiro golo nos campeonatos profissionais, o que é sempre gratificante. Depois, acabar a semana com a concretização de um sonho que tinha. Foi uma etapa que exigiu muita dedicação e responsabilidade, mas o resultado final acabou por recompensar todo o esforço”, conta o jovem avançado. Entre a licenciatura e a conclusão do mestrado, João Vasco passou por três clubes e outros tantos campeonatos.

João Vasco durante a apresentação da tese
João Vasco durante a apresentação da tese João Vasco durante a apresentação da tese créditos: DR

“Quando estava a tirar a licenciatura ainda jogava no Campeonato de Portugal, no Mortágua, e treinava à noite. Quando fui para o Tondela [2017/18] já estava segundo ano de mestrado e depois com o empréstimo ao Gil Vicente em janeiro tornou-se mais complicado por causa dos horários. Era ano de tese, tinha treinos durante o dia e com maior carga horária. Não posso dizer que foi fácil, é preciso muito sacrifício da nossa parte, mas com uma boa gestão do tempo, até sobra algum tempo livre, para fugir um bocado ao registo do trabalho e do estudo”, assinala.

Apesar de pertencer a uma geração diferente da de Tarantini e Nuno Piloto, também João Vasco viu a família incutir-lhe a importância de conciliar as duas vias, “já a pensar no futuro”. Desistir nunca esteve nos planos, portanto. “Por norma, quando defino um objetivo, tento levá-lo até ao fim. O futebol e a faculdade passavam por aí, nunca pensei em abdicar nem de uma coisa nem de outra, pois sabia que conseguia concretizar ambos. E o apoio da minha família foi fundamental para que isso acontecesse”, revela o jovem avançado.

E se é inegável a forte pressão a que muitos jovens atletas estão sujeitos por parte dos próprios pais para singrarem no mundo do futebol - a proliferação do pai-empresário é prova disso mesmo – os três exemplos anteriormente apresentados provam como o núcleo familiar é preponderante na preparação dos jogadores para o futuro. Joaquim Evangelista defende amplamente esta ideia e enumera três níveis diferentes de responsabilidade.

“Na maioria dos jogadores que tiveram sucesso, o que esteve na base desse sucesso foi essa circunstância, os pais que insistiram na qualificação dos filhos. Porque a responsabilidade começa nos próprios pais. Muitas vezes são eles que incentivam os jovens a apostar no desporto em detrimento da aposta na sua qualificação. E depois muitos desses jovens terminam a fase de júnior e não têm possibilidade de serem profissionais. E acabam por perder nos dois lados”, defende o presidente do SJPF.

- A primeira responsabilidade é familiar. É muito importante que os pais incentivem os jovens nas suas atividades desportivas, mas que procurem que os seus filhos se qualifiquem integralmente. Que conciliem as duas vertentes. Depois, é preciso que os clubes deem essas condições aos jogadores: um jogador qualificado só pode ser um melhor jogador, acrescenta mais soluções ao seu treinador, a nível desportivo e na relação com os outros. E por fim, as instituições: o Sindicato, a Liga, a FPF e o próprio Governo devem ter esta matéria em agenda.

Tarantini também não tem dúvidas. “Acredito que sou melhor jogador pela formação que tive e pelo conhecimento do jogo que passei a ter. A minha tese de Mestrado – ‘Sucesso defensivo no futebol: análise de tendências espácio-temporais no passe entre linhas’ – surgiu de um problema concreto que me aconteceu em campo, na altura do Nuno Espírito Santo. Admito que se eu não conhecesse o jogo como conheço, talvez não fosse pelo talento que tinha chegado onde cheguei”, afirma o capitão do Rio Ave.

Adeus prematuro ao futebol e vida nova: o caso de Fábio Faria

A história de Fábio Faria é a prova de que nunca é demasiado tarde para apostar na formação. Neste caso, por força das circunstâncias. A 4 de fevereiro de 2012, o ex-central do Rio Ave, cedido pelo Benfica, sentiu-se mal após fazer uma falta sobre um jogador do Moreirense. Os problemas cardíacos, diagnosticados mais tarde, obrigaram o jovem a colocar ponto final na curta carreira, aos 23 anos.

"Não sabia o que fazer à minha vida. Era um sonho pelo qual tinha lutado tanto e que acabou por ir por água abaixo. Esse ano foi muito complicado, ainda fui várias vezes operado, mas não havia volta a dar. Senti-me completamente perdido.”, começa por contar Fábio Faria. A promessa de mundos e fundos no futebol – chegou a estar à experiência no Chelsea de José Mourinho - fizeram com que o jovem deixasse a escola com o 12.º ano por concluir.

“Deixei a escola aos 17 anos, na altura já tinha assinado um contrato profissional e acabei por sentir dificuldades em conciliar as duas coisas. Depois de terminar a carreira, surgiu a oportunidade de falar com o Sindicato de Jogadores. Aí, o Joaquim Evangelista sugeriu-me porque não voltar a estudar. Fiz uma prova de ingresso para maiores de 23 anos e acabei por entrar no curso de Gestão do Desporto no ISMAI (Instituto Superior da Maia)”, revela.

Luís Filipe Vieira e Fábio Faria
Luís Filipe Vieira e Fábio Faria Luís Filipe Vieira e Fábio Faria créditos: Andre Kosters / LUSA

Ao mesmo tempo que estudava, Fábio montou um negócio - em conjunto com a namorada criou a sua própria marca de roupa, a D"ja vu, com peças à venda online. Algo que também era um objetivo. Entretanto, também abriu uma loja de artigos de praia na Póvoa de Varzim juntamente com a irmã da namorada. O curso acabou por ficar em ‘stand-by’ quando foi convidado a trabalhar com os juniores do Rio Ave. “Este ano surgiu a oportunidade de voltar ao Rio Ave, não podia dizer que não. Faltam-me seis cadeiras para terminar o curso, quero acabá-lo no próximo ano”, refere.

Tendo o seu exemplo como premissa, Fábio Faria aconselha os mais novos a tentarem conciliar o futebol e os estudos sempre que possível. "Na altura não me preocupei com isso. Via que as coisas estavam a correr bem. Foi tudo tão rápido que nem pensei bem no que estava a acontecer. Mas tudo mudou de um momento para o outro. Agora arrependo-me muito. Foi complicado voltar a estudar após tantos anos. Faltavam-me algumas bases e rotinas”, começa por dizer.

- O melhor que posso dizer é para não deixarem os estudos de lado. De um momento para o outro tudo pode mudar e a verdade é que só muito poucos conseguem atingir o topo no futebol. Se me tivesse preparado mais cedo, certamente não teria sentido tantas dificuldades na altura de escolher outro caminho.

O papel do Sindicato

É um facto: ainda há jogadores que não estão preparados para terminar a carreira. Num estudo levado a cabo pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) em 2016, é possível observar que apenas cerca de 50% dos jogadores das ligas profissionais estão na posse do 12º ano de escolaridade e 5% na posse de uma licenciatura. Mas os jogadores não estão sozinhos e há várias iniciativas que o Sindicato tem vindo a desenvolver no sentido de “qualificar e capacitar” os atletas para a vida pós-futebol.

“Temos procurado dar-lhes instrumentos durante a carreira, na transição e depois de a terminarem. Temos definidas três áreas fundamentais. O primeiro pilar é a escolaridade obrigatória, fazer com que os jogadores terminem o 12.º ano. Até porque a maioria deles quer ser treinador quando terminar a carreira de jogador, e para esse efeito precisa de ter o 12.º ano. Fizemos um protocolo com a Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional (ANQEP), e temos mais de uma centena de jogadores a fazer essa formação escolar obrigatória por essa via”, começa por explicar.

“O segundo pilar é o ensino superior. Fizemos um conjunto de parcerias com as universidades, nomeadamente as de Desporto, que dão condições especiais aos jogadores para fazerem a sua formação superior, se o desejarem. O terceiro pilar está relacionado com a formação à medida: conseguimos identificar competências específicas para determinadas áreas e fazemos cursos à medida, por exemplo na área de ‘scouting’, intermediação, direção desportiva, que é a mais procurada, entre outras”, acrescenta.

E que mais valias pode um jogador acrescentar à comunidade? “Competências de equipa, de liderança, de multidisciplinaridade, relação com as hierarquias: temos procurado aproveitar o que de melhor eles têm no sentido de dar aos outros. Os jogadores têm sido muito procurados para fazerem ações de ‘coaching’ em grandes empresas. Mas depois também há outros jogadores que têm sucesso no ramo imobiliário, dos seguros, do turismo, dos ‘personal trainers’, áreas que não têm de estar necessariamente ligadas ao futebol”, responde.

Joaquim Evangelista destaca ainda a existência de um protocolo com a Federação Portuguesa de Futebol e com a Portugal Football School, projeto que visa potenciar a formação dos diferentes agentes desportivos ligados à modalidade. Mas não só. Outra das preocupações do Sindicato prende-se com a educação financeira dos atletas: “Temos feito ações de formação alertando os jogadores para a necessidade de poupar, de terem uma relação esclarecida com o dinheiro, de forma a evitar problemas no futuro.”

As condições estão criadas, mas para o líder do SJPF continua a faltar algo muito importante: predisposição. Não só da parte dos clubes, mas também dos próprios jogadores. “O futebolista também deve ser ativo na procura de respostas para a sua vida. Não pode estar à espera que lhe tratem de tudo, da casa, de levar os filhos ao colégio. Isso acontecia muito antes, mas as coisas entretanto mudaram”, defende.

Tarantini corrobora e fala da ‘bolha’ que muitas vezes mantém o jogador preso num mundo que não corresponde à realidade. “O próprio futebol profissional ajuda a que isso aconteça. Temos muitas vezes jogadores que não sabem pagar uma conta da luz, porque há alguém que vai pagar por ele, e como não precisa, não sabe. Esta questão da limitação cultural que muitas vezes atribuem aos jogadores de futebol acaba por ser uma consequência da vida que leva”, advoga.

Quando o fim da carreira não significa necessariamente o fim do futebol

Fábio Faria e Nuno Piloto 'penduraram as chuteiras' por razões diferentes, mas ambos querem continuar ligados ao futebol. Enquanto o primeiro trabalha como adjunto nos juniores do Rio Ave, o segundo nunca chegou a exercer na área da Bioquímica, mas admite que gostava de juntar o útil ao agradável.

“As coisas acabaram por estagnar na Bioquímica. Passaram nove anos desde que acabei o mestrado, e como é uma área que está em permanente evolução, seria muito mais difícil entrar agora no mercado de trabalho. Neste momento estou a acabar o segundo nível do curso de treinadores. Mas não me importava de trabalhar na área de controlo do treino, da fadiga. Os clubes apostam cada vez mais nisso”, diz Nuno.

Quanto ao mais recente mestre, João Vasco, o futuro é uma incógnita. “Pensamos sempre no que vem a seguir, mas neste momento ainda não decidi nada. Doutoramento? Alguma coisa há de surgir, seja o doutoramento, outro curso, ou alguma formação. Não quero ficar por aqui”, admite.

A cumprir a 10.ª temporada no Rio Ave, Tarantini dedica-se agora ao doutoramento, algo que gostaria de concluir ainda no ativo. Mesmo sem saber em concreto o que o espera no final da carreira, o jogador vai delineando um plano B, C, D… “Estou a tentar deixar várias portas abertas, como por exemplo tirar o curso de treinador, dar continuidade à investigação. Mas o meu objetivo, acima de tudo, é ter a possibilidade de escolher dentro das várias coisas que gostava de fazer.”