Embora tenha sido ao serviço do Benfica que Eusébio se mostrou ao mundo do futebol, a verdade é que para chegar à ribalta dentro das quatro linhas, Eusébio teve de começar por vestir a camisola dos leões.

Ainda em Moçambique, o Pantera Negra desde cedo começou a jogar à bola nas ruas de Lourenço Marques e as primeiras tentativas de entrar para um clube foi naquele de que era adepto: o Desportivo de Lourenço Marques.

No entanto, devido a um problema no joelho, por várias vezes Eusébio foi rejeitado no clube e acabou por deixar de lado o clubismo e ir parar ao Sporting Lourenço Marques. Jogou os dois primeiros anos da sua carreira nesta filial moçambicana do clube leonino de Lisboa e viajou depois para Portugal, para o Benfica.

A sua chegada a Portugal foi envolta em polémica, já que responsáveis benfiquistas que o foram buscar ao aeroporto o “esconderam” num hotel para que o Sporting não o contratasse. Eusébio não pôde assinar pelo Sporting, visto que o seu pai já tinha assinado pelo Benfica, e estreou-se na Luz a 23 de maio de 1961.

Começou a história do Pantera de águia ao peito e a sua primeira época seria o augúrio de uma carreira de conquistas com o emblema vermelho, já que em 1962 ajudou o Benfica a vencer a Taça dos Campeões Europeus, pondo um ponto final à hegemonia do Real Madrid.