A Comissão de Inquérito (CI) do Sporting não detetou envolvimento de quaisquer membros do Conselho Diretivo, diretores ou administradores das sociedades em factos que «indiciam a sua participação ou conhecimento em irregularidades apontadas ao ex-vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão».

Esta foi uma das conclusões da CI, constituída no seio do Conselho Fiscal e Disciplinar (CF), a pedido do Conselho Diretivo, por despacho de 17 de abril de 2012, no sentido de «apurar a natureza e extensão dos factos que vieram a público».

Tais factos envolveram o ex-vice-presidente do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão, na sequência das «buscas e apreensões efetuadas pela Polícia Judiciária, no passado dia 12 de abril, às instalações do clube, no âmbito de uma investigação criminal por denúncia caluniosa», desencadeada por um depósito de dois mil euros na conta do árbitro assistente José Cardinal.

No que diz respeito à participação de Paulo Cristóvão nos atos que consubstanciaram a referida denúncia caluniosa, a CI emitiu hoje um comunicado, no qual assume que os seus «limitados poderes investigatórios, em virtude do processo se encontrar em segredo de justiça, a impedem de confirmar ou infirmar a realidade desses factos».

Entretanto, em face das notícias vindas a público posteriormente, envolvendo o ex-vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão na alegada prática de novos crimes que extravasam a mencionada investigação criminal por denúncia caluniosa, o CF propõe que o inquérito aguarde a conclusão da referida investigação criminal em curso para então se aprofundar o conhecimento dos factos que se encontram em segredo de justiça e apreciar a sua eventual relevância disciplinar.

A concluir, o CD e o CF, que assinam o comunicado, referem que o Sporting permanece tranquilo em relação ao desenrolar destes acontecimentos e que aguarda serenamente que a investigação siga o seu curso e que seja possível, finda a mesma, esclarecer cabalmente toda a questão.