O responsável pela área financeira da SAD do FC Porto, Angelino Ferreira, defendeu que as contas relativas à época de 2012/13 hoje apresentadas «revelam a solidez da situação financeira e económica da sociedade desportiva».
Angelino Ferreira falava na apresentação do relatório e contas da última temporada do FC Porto, no Estádio do Dragão, que regressou aos lucros, registando um resultado líquido positivo de 20,356 milhões de euros, depois de, na época anterior, ter verificado um prejuízo de 35,7.
«Naturalmente há sempre algumas fragilidades que temos que ir monitorizando e acompanhando», referiu Angelino Ferreira, admitindo que a venda de Hulk, Álvaro Pereira, James e João Moutinho foram contributos decisivos para a obtenção deste resultado positivo.
Ainda de acordo com Angelino Ferreira «este é um regresso aos resultados líquidos positivos após um breve interregno de um ano» e as contas apresentadas «revelam a capacidade de o FC Porto aliar o desempenho desportivo com a obtenção de resultados financeiros positivos, bem como de gerar meios».
O dirigente destacou ainda que os resultados obtidos pela SAD antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) andaram na casa dos 58 milhões de euros, o que traduz a «capacidade da sociedade em adquirir outros ativos e amortizar dívidas».
«Tendo em conta os montantes da divida, no que toca ao endividamento bancário e à divida colocada no mercado através de obrigações, esta revela montantes perfeitamente ajustados e equilibrada à nossa atividade», defendeu Angelino Ferreira.
O dirigente realçou a capacidade do FC Porto controlar e gerir a divida, «algo que conseguiu fazer de uma forma expressiva, relativamente à época anterior», e destacou a qualidade dos ativos que integram o balanço da sociedade desportiva.
«Os ativos que integram o FC Porto [nomeadamente o valor do plantel] são de qualidade e permitem fazer face, a qualquer momento, às necessidades financeiros que possamos ter que assumir perante o mercado», sublinhou.
Angelino Ferreira disse ainda que o FC Porto gostaria de «continuar a trabalhar para robustecer ainda mais a situação financeira através da capitalização da própria sociedade. Mas, como os próprios números indicam, foi um bom exercício», sustentou.
O dirigente disse ainda que a principal questão que se coloca na gestão das sociedades desportivas é fazer o equilíbrio entre o desportivo e o financeiro e esse é o desafio que o FC Porto tem vindo a conseguir concretizar nos últimos anos.
Angelino Ferreira pediu ainda «bom senso» quando se fala de orçamentos dos clubes, considerando «desajustado» pensar que as equipas com um patamar de competitividade idêntico ao dos “dragões” tenham metade ou um quarto do orçamento do FC Porto.
O dirigente defendeu ainda que o clube dispõe dos meios necessários para, se for necessário, ir ao mercado em janeiro reforçar o plantel, mas recordou que tal está sempre ao abrigo da política de aquisições do clube.
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