O treinador do Marítimo, Daniel Ramos, assegurou hoje não ter quaisquer problemas com o presidente do clube, Carlos Pereira, e fez ainda um balanço positivo do mercado de transferências de futebol de janeiro.

Carlos Pereira disse esta semana que os insulares têm de lutar pelas competições europeias, isto depois de Daniel Ramos falar no objetivo da manutenção, mas o técnico esclareceu o assunto.

"Vi na imprensa notícias de que estamos de costas viradas ou algo parecido e não percebo de onde isso vem. Tenho uma boa relação com o presidente. O que ele me foi dizendo foi que não precisávamos de ganhar todos os jogos porque não lutamos para ser campeões”, explicou Daniel Ramos.

Segundo o técnico dos insulares, as suas declarações não contradizem as do presidente: “O que eu disse foi atingirmos primeiro a manutenção o mais rápido possível para redefinirmos objetivos”.

“Estamos todos em sintonia. Queremos todos ganhar e vamos lutar pela melhor classificação. Estamos em sexto, vamos lutar pelo quinto", frisou Daniel Ramos.

O treinador da equipa do Funchal falou ainda sobre a reabertura do mercado de transferências de janeiro, em que o Marítimo contratou três jogadores: o lateral-esquerdo Rúben Ferreira, que regressou aos ‘verde rubros' ano e meio depois, o avançado Joel Tadjo e o extremo Jorge Correa, contratado no último dia.

"Estou satisfeito pelas entradas e pelo aumento da quantidade de jogadores. O Marítimo saiu reforçado. Quanto a mim, entraram jogadores de qualidade, jogadores que têm capacidade de poder ajudar", comentou.

Rúben e Joel já jogaram na partida com o Boavista enquanto Correa "está a evoluir" e Daniel Ramos acredita que, com mais umas semanas, para os reforços ficarem ao melhor nível e os lesionados recuperem, o Marítimo poderá "ombrear com qualquer equipa".

O técnico deixou ainda também a sua opinião sobre o mercado de janeiro, que tem vindo a ser muito contestado por outros treinadores.

"Eu vejo o mercado de janeiro um pouco como o Natal, em que estamos à espera de prendas. Uns têm mais, outros têm menos. Uns têm prendas muito boas, outros nem tanto. Umas prendas vêm preparadas para o imediato, outras temos de moldar, de construir, estilo puzzle. Os treinadores vivem do mercado de janeiro, que é um pouco ingrato", referiu.