Nascido em janeiro de 1993, no Porto, João Mário iniciou a carreira no FC Porto e mudou-se para o Sporting aos 11 anos (2004), onde foi companheiro de Esgaio (que atualmente o acompanha no plantel principal), Ilori e João Teixeira (ambos cedidos pelo Liverpool a Bordéus e Brighton & Hove Albion, respetivamente).
O momento era complicado, onde se começava a sentir contestação e a bola começava a queimar nos pés dos jogadores. Marco Silva sentiu necessidade de dar maior estabilidade ao centro do terreno e lançou um jovem atleta, muito tenro em idade mas tão experiente quanto um velho: João Mário Naval da Costa Eduardo.
A sua estreia a titular este domingo, na goleada ao Gil Vicente (4-0), numa altura em que o Sporting só tinha conseguido uma vitória, sofrível, diante do Arouca (1-0), demonstra a sua capacidade de aguentar a pressão. A formação de Alvalade vinha atravessando um período complicado, em que enfrentava dificuldades de finalização e complicações no centro da defesa. O centrocampista, de 21 anos, funcionou como um dínamo na manobra da equipa, tendo assistido os companheiros em três dos quatro tentos com que a formação se impôs em Barcelos.
Curiosamente, João Mário estreou-se na primeira parte frente à Lázio, em Roma, a 14 de dezembro de 2011, aos 18 anos, num jogo que terminou com a derrota por 2-0. Foi neste jogo da última jornada da fase de grupos da Liga Europa, com Domingos Paciência, que fez os seus primeiros minutos (14’) oficiais com a camisola do Sporting, numa partida de caráter internacional.
Para se estrear na primeira divisão portuguesa teve de esperar dois anos, algo que aconteceu mais uma vez com uma derrota. Esta diante do Marítimo, por 1-0, tendo entrado aos 78’ para o lugar do marroquino Labyad, desta vez por opção de Jesualdo Ferreira, numa época muito atribulada para o “leão” (2012/13).
No entanto, a primeira temporada de João Mário como sénior foi em 2012/13, e participou em 31 jogos na formação B do Sporting, que disputava – e ainda disputa – a segunda liga portuguesa.
Para atingir a regularidade que lhe permitiu integrar o plantel dos “leões” teve de ser emprestado ao Vitória de Setúbal, em janeiro de 2014, que ganhou principal destaque, tendo participado em 16 jogos, 14 deles como titular. No Sado pegou de estaca e o impacto que teve nos “sadinos” foi tal que acabou eleito melhor jogador jovem da primeira liga, nos meses de janeiro e fevereiro, pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol.
A nível internacional, o luso-angolano tem feito o habitual percurso nas formações jovens portuguesas, tendo participado mais recentemente em 6 jogos de qualificação para o Euro 2015, de sub-21, que resultaram em 6 vitórias, num total de 410 minutos jogados. Embora não tenha marcado nenhum golo, faz jogar toda a equipa e raramente perde a bola, além de ter uma taxa muito baixa de passes falhados. O clássico com o FC Porto (sexta-feira) é o próximo teste para um diamante que apenas precisa de ser ligeiramente polido.
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