O diretor-geral do Desporto da Guiné-Bissau, José da Cunha, saudou hoje o desfecho da polémica que envolveu o futebolista luso-guineense Bruma, que acabou por se transferir do Sporting para o Galatasaray, na Turquia.

«Penso que a polémica que envolveu Bruma devia ter terminado há muito tempo, mas felizmente tudo acabou bem para o jogador e para o Sporting», referiu José da Cunha.

Após mais de dois meses de disputa judicial entre Bruma, os seus agente e o Sporting, o jogador acabou por se transferir para os turcos do Galatasaray por 10 milhões de euros, num contrato válido por cinco temporadas.

Na opinião do diretor-geral do Desporto da Guiné-Bissau, com o evoluir da polémica o jogador deixou de ter condições para continuar no clube de Alvalade, pelo que a transferência foi a melhor solução para as duas partes.

José da Cunha apenas não entende a decisão da CAP (Comissão Arbitral Paritária) quando aquela instância decidiu dar razão ao Sporting na apreciação do litígio, notando que, em situações semelhantes, o mesmo organismo já deu razão aos atletas.

«Fiquei sem perceber a decisão da CAP porque, se diz que aplicou as leis de Portugal, então pergunto: será que as leis portuguesas, no desporto, estão acima das leis da FIFA», questionou.

Aquele responsável aproveitou a ocasião para anunciar que a Guiné-Bissau não se fará representar nos jogos da Francofonia, de 6 a 15 de setembro, na cidade francesa de Nice.

«A Guiné-Bissau não vai poder participar nos Jogos da Francofonia por falta de verbas», disse José da Cunha, explicando que estão em causa cerca de 24 milhões de francos CFA (cerca de 36.600 euros), verba necessária para a viagem de 10 atletas das modalidades de atletismo, desporto para deficientes e luta.