O Sporting venceu esta tarde o Estoril-Praia por 0-1, em jogo da 33ª e penúltima jornada da Primeira Liga. No seguimento da conquista do título nacional, os leões conquistaram os três pontos graças a um golo de Paulinho já nos últimos minutos.

Os leões dominaram durante praticamente todo o jogo, mas iam mostrando falta de acutilância quando chegavam perto da área dos canarinhos. Mas na segunda parte, Amorim mexeu na equipa, fazendo entrar Paulinho e Nuno Santos, alterações deram outra dinâmica à equipa, que conseguiu criar verdadeiras oportunidades, acabando por ser recompensado com o golo do '20' verde e branco.

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Espetáculo nas bancadas, monotonia no relvado

Para o primeiro jogo já como campeão nacional, Rúben Amorim fez quatro alterações no onze inicial, em comparação com a equipa que arrancou a partida contra o Portimonense. Franco Israel, Morten Hjulmand, Nuno Santos e Paulinho deram lugar a Diogo Pinto, Matheus Reis, Morita e Daniel Bragança.

Do lado do Estoril, Vasco Seabra fez duas mudanças em relação à equipa que começou o jogo em Faro. Matheus Fernandes e Fabrício Garcia foram substituídos por Guitane e Michel Costa.

Depois de feita uma guarda de honra pelos jogadores do Estoril aos novos campeões nacionais, a partida começou com o Sporting a ter mais iniciativa de jogo, perante uma formação canarinha compacta, mas que não se coibia de pressionar alto, sempre que possível, obrigando os leões a procurar a profundidade de Gyokeres.

Apesar de ter mais bola, o domínio leonino não se traduzia em oportunidades, com apenas um remate, de Pedro Gonçalves, dentro dos primeiros quinze minutos. Por seu lado, a equipa da Linha conseguia, por vezes, romper as linhas de pressão adversária e chegar junto da área verde e branca, mostrando, contudo, pouco esclarecimento no momento de definir.

Os minutos iam passando e havia mais espetáculo nas bancadas do que propriamente dentro das quatro linhas; o António Coimbra da Mota encheu-se de adeptos verdes e brancos que não se cansaram de apoiar a equipa desde o apito inicial.

Trincão tentou retribuir o apoio aos 35 minutos, mas o remate saiu ligeiramente ao lado, naquele que foi o primeiro lance de relativo perigo; dois minutos depois, Gyokeres dentro da área ofereceu o golo a Bragança, mas o remate saiu por cima. A melhor oportunidade para os leões surgiu aos 44 minutos quando Pedro Gonçalves entrou na área vindo de trás, mas rematou à figura de Carné.

Foi a melhor oportunidade...do Sporting, já que a da primeira parte pertenceu mesmo ao Estoril; Rodrigo Gomes lançado pela esquerda, atirou com estrondo ao poste da baliza de Diogo Pinto mesmo em cima do intervalo, e que sempre deu para despertar.

A solução estava no banco

Para a segunda parte apenas mudaram as balizas, já que o jogo em si manteve-se exatamente na mesma toada: Sporting a dominar, mas incapaz de criar perigo junto da área estorilista. Insatisfeito com o desempenho ofensivo da sua equipa, Rúben Amorim resolveu mexer, fazendo entrar Nuno Santos e Paulinho para os lugares de Bragança e Matheus Reis, levando Pedro Gonçalves a recuar para o meio-campo.

Enquanto isso, Francisco Trincão, um dos mais interventivos no jogo, ia tentando a sua sorte; aos 59 minutos o extremo foi lançado por Paulinho mas o remate na passada saiu por cima da baliza adversária.

Três minutos depois e Ricardo Esgaio obrigou Carné à primeira defesa da partida após remate à entrada da área com o pé esquerdo; logo a seguir o guardião brasileiro teve mais trabalho para travar o forte remate de Gyokeres, as alterações de Amorim traziam outra energia ao ataque sportinguista.

Perante o ímpeto do adversário, Vasco Seabra resolveu responder, fazendo entrar Fabrício e Marqués para os lugares de Cassiano e Michel. Contudo os leões continuavam por cima, em busca do golo, enquanto que o Estoril procurava transições para chegar junto da baliza de Diogo Pinto.

A persistência dos comandados de Rúben Amorim acabaria por ser recompensada, curiosamente através de uma rápida transição ofensiva; 81 minutos e Gyokeres a lançar Nuno Santos pela esquerda, com o ala a cruzar ao segundo poste, onde surgiu Paulinho para inaugurar o marcador.

Em desvantagem, Vasco Seabra fez entrar Parra e João Carlos para ainda tentar chegar ao empate; por seu lado, Rúben Amorim trocou Esgaio por Fresneda e promoveu a estreia do jovem Miguel Menino.

Até final, o Sporting soube controlar as operações, impedindo qualquer tipo de reação à equipa da casa. Com este triunfo, a equipa de Alvalade passa a somar 28 vitórias e 89 pontos, batendo assim o recorde do Sporting na época 2015/2016.

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