Excertos da audição de Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico do Benfica, no âmbito da fase de instrução do e-Toupeira caíram no dia de ontem na Internet.
Durante a audição, o ex-diretor jurídico das águias perante a juíza Ana Peres desresponsabilizou Luís Felipe Vieira dos convites oferecidos para os jogos, sublinhado que "tinha natural autonomia" para oferecer os ditos.
"Ninguém consegue conceber que o presidente do Benfica, com as responsabilidades que tem, ou o Dr. Domingos Soares Oliveira, com as responsabilidades que tem, tivessem de estar todos os dias a despachar convites. Se meti conhecimento em algum pedido, foi situação excecional, porque a regra era não ter de pedir autorização", disse aproveitando para tecer elogios a Vieira a os restantes admnistradores.
"Continuo a ter estima e grande relação de amizade com todos eles (...) muito boa relação pessoal com os restantes administradores e até com Rui Gomes da Silva, do tempo em que esteve na SAD".
Paulo Gonçalves explicou ainda o motivo porque José Augusto Silva, funcionário judicial que está em prisão domiciliária e está acusado de fornecer informações sobre processos em segredo de justiça, tinha direito a lugar no parque de estacionamento da Luz.
"Não fazia sentido e até seria indelicado da minha parte o meu 'compadre' Óscar dar-lhe boleia e ficar no piso 1 e ele ir para o piso 3 ou piso 0. Não convido pessoas para ir a minha casa e uns ficam na cozinha e outros ficam na sala. Se convido, vão todos para o mesmo sítio", afirmou, num excerto da audição desta semana que caiu na Internet.
O ex-diretor jurífico explicou ainda como eram disponibilizados os lugares para os parques de estacionamento. "O Júlio Loureiro vinha com o Óscar, que tinha sempre parque, porque eu lhe arranjava. Ao José Augusto, eu arranjava-lhe parque sempre que podia, senão estacionava no Colombo que é o que fazem muitos dos meus amigos."
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