O FC Porto não foi além de um empate a zero bolas frente ao Newcastle, no jogo de apresentação aos sócios e que serviu também para homenagear Bobby Robson. Os 'dragões' atiraram várias bolas aos ferros e encontraram no guarda-redes Dubravka um 'osso duro de roer'. Próximo jogo é a doer: a 4 de agosto o FC Porto defronta o Desportivo das Aves na Supertaça de Portugal.

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No jogo, que serviu também para homenagear Bobby Robson, malogrado técnico inglês que comandou os 'dragões' entre 1993 e 1996, bem como os ingleses do Newcastle, entre 1999 e 2005, Sérgio Conceição apresentou um onze muito perto do que deverá fazer alinhar no dia 4 de agosto frente ao Desportivo das Aves, na Supertaça de Portugal. Nenhum dos reforços foi titular, numa apresentação que não teve surpresas.

Este também era uma boa oportunidade para manter a tradição: em 14 jogos de apresentação no Estádio do Dragão, o FC Porto venceu nove, empatou quatro e perdeu apenas um. E numa bonita festa, não foi descurada a solidariedade: no exterior do estádio, os adeptos podiam adquirir um gelado em troca de bens alimentares, que depois serão entregues à Associação Acreditar.

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Aboubakar foi o primeiro a mostrar ao que o FC Porto vinha, com um desvio aos sete minutos, por cima, a passe de Alex Telles. Com a bola sempre a circular com velocidade, pelos flancos e pelo meio, com Otávio a jogar mais pela zona central, o FC Porto 'carregava' sempre a defensiva inglesa de todas as formas. Aos 21, a 'sociedade' Telles/Aboubakar voltou a funcionar mas o camaronês voltou a cabecear por cima.

Havia querer, havia vontade, mas, acima de tudo, havia o FC Porto da época passada: pressionante, intenso, a criar perigo de todas as formas. Os ingleses iam defendendo como podia, as vezes indo um pouco para lá do esperado nos duelos, num jogo de pré-época.

Antes de terminar a primeira parte, três novas grandes oportunidades: aos 32 minutos, Sérgio Oliveira viu o seu cabeceamento ser cortado em cima da linha por Yedlin, após canto de Telles; aos 40 é Aboubakar a rematar contra uma 'floresta' de pernas dentro da área, após grande jogada, que passou por Otávio e Herrera; no minuto seguinte, um corte de Lascelles quase que dava autogolo.

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No início do segundo tempo Conceição lançou Soares e Corona, nos lugares de Aboubakar e Otávio, passando ao 4-4-2 clássico. E foi no segundo tempo que o Dragão começou uma 'relação' estranha com os postes e a plateia azul-e-branca começou também a 'odiar' o guarda-redes Dubravka, o melhor dos 'magpies'.

Aos 55 minutos, um livre direto de Sérgio Oliveira bateu com estrondo no poste. Na recarga, Marega perdeu tempo mas ainda rematou, contra as pernas do guarda-redes. No minuto 60, trocou-se os avançados mas o lance foi o mesmo: Marega centrou, Soares rematou de primeira, Dubravka fez uma defesa fantástica e, na recarga, Soares rematou forte, com a bola a bater com estrondo na barra. Na sequência da jogada, Herrera rematou para fora, quando estava em boa posição para fazer golo.

Por esta altura já Dubravka tinha vestido a capa de super herói, determinado em travar tudo o que fosse intenção do FC Porto. Aos 70, novo duelo com Marega, ganho pelo guarda-redes eslovaco. Os 43 829 espetadores no Estádio do Dragão iam desesperando, perante tantas oportunidades. E quando Dubravka deu o seu lugar a Darlow, pensava-se que a sorte dos 'dragões' ia mudar mas, puro engano. O novo dono da baliza inglesa foi a tempo de negar o golo a Soares e o jovem avançado Marius, aos 90 minutos.

Nos oito jogos de pré-época do FC Porto, este é o primeiro empate, depois de cinco vitórias e duas derrotas.

O próximo jogo é a doer: a 4 de agosto o FC Porto defronta o Desportivo das Aves na Supertaça de Portugal.