O FC Porto venceu este domingo o Sporting por 2-1 no clássico tão aguardado da 20ª jornada. Em Alvalade, Uribe fez o 1-0 na passagem do minuto 60 e Pepê parecia fechar as contas aos 94 minutos, até Chermiti reduzir aos 97 minutos.
Ainda assim, a vitória não escapou aos Dragões que chegam aos 46 pontos, ainda a cinco da liderança. Já o Sporting, perde a oportunidade de se aproximar do SC Braga.
Revoluções nas escolhas de parte a parte
No clássico da 20ª jornada, Rúben Amorim e Sérgio Conceição apostaram no fator surpresa, mas por motivos diferentes. Do lado dos Leões, Fatawu e Bellerín acabaram por ser as principais novidades a ocupar as laterais defensivas. O defesa espanhol somou mesmo a primeira titularidade de Leão ao peito.
Pedro Gonçalves recuou para perto de Ugarte no meio-campo, enquanto que Paulinho - mesmo disponível - ficou no banco cedendo o lugar a Chermiti. Ainda na primeira parte, o técnico dos Leões sentiu falta de mais um elemento na grande área e substituiu Trincão por Paulinho. No início do segundo tempo, foi Nuno Santos a render Fatawu.
Sérgio Conceição também promoveu algumas alterações, mas muitas delas forçadas devido ao extenso boletim clínico dos Dragões. Com nomes como Otávio ausentes, Pepê tornou-se o 'substituto ideal' na zona intermediária e na ligação a Taremi, com André Franco a juntar-se a Uribe e Grujic. Zaidu manteve a titularidade.
Já no que respeita às escolhas táticas, Amorim foi fiel ao 3-4-3, enquanto que Conceição também manteve o 4-4-2.
Muita cerimónia para o 1-0
Depois de um momento de homenagem às vítimas do terramoto na Turquia e na Síria, Artur Soares Dias apitou para o jogo que todos esperavam da 20ª jornada: o Sporting-FC Porto!
Com as claques a voltarem a protestar em silêncio durante os primeiros 12 minutos, a verdade é que o primeiro tempo teve riqueza na cerimónia dos jogadores na hora de fazer o 1-0. A falta de eficácia tomou conta das duas equipas, quando não eram Adán e Diogo Costa a brilhar entre os postes.
Aos 9', Adán apanhou um susto na grande área, mas conseguiu afastar a insistência de Zaidu e João Mário. Pouco mais de dez minutos depois, chegou a primeira grande ocasião do Clássico e para o Sporting! Matheus Reis apareceu na esquerda a cruzar para dentro da grande área, mas Edwards falhou na pontaria quando tentava bater Diogo Costa. Galeno tentou responder com mais uma boa ocasião de golo e Amorim começava a sentir a necessidade de mexer na equipa.
Chermiti apresentava algumas queixas, mas a entrada de Paulinho aos 35 minutos foi para o lugar de Trincão, algo apagado na primeira parte. Ainda antes, aos 33 minutos, Galeno, Taremi e Marcano construíram uma das grandes ocasiões do FC Porto. O brasileiro isolou no camisola 9 que atirou ao poste e, com a baliza escancarada, o defesa espanhol atirou por cima da barra.
Os minutos finais foram ainda de maior procura do golo e ineficácia! Aos 41 minutos, Chermiti tinha tudo para fazer o golo, mas valeu Marcano a aparecer no caminho da baliza. Aos 46 minutos, foi Diogo Costa a brilhar num livre direto cobrado de forma exímia por Edwards e, já antes do apito para o intervalo, foi Taremi a cabecear rente ao poste de Adán.
Tudo parecia encerrado aos 94, mas Chermiti ainda deu (alguma) esperança ao Sporting
O início de segundo tempo foi bastante agitado... nas substituições. Amorim começou logo por colocar Nuno Santos no lugar de Fatawu e Ricardo Esgaio na posição de Bellerín - tudo substituições para refrescar as alas.
A verdade é que, no momento em que o jogo parecia mais morno, é que foi inaugurado o marcador. Aos 60 minutos, o FC Porto aparecia perto da grande área e Uribe, na tentativa de tabelar, aproveitou um ressalto e apareceu na cara de Adán para atirar para o 1-0. O desalento era visível na cara dos jogadores do Sporting, mas Artur Soares Dias apontava afirmativamente para o centro do terreno.
Aos 65 minutos, o FC Porto podia mesmo ter chegado ao 2-0 por Taremi, mas a bola esbarrou em Gonçalo Inácio e foi para fora. Amorim voltava a ir ao banco e surpreendia ao retirar Esgaio (apenas 15 minutos em campo) para o lugar de Arthur Gomes, que aparecia enquanto elemento ainda mais ofensivo. Diomandé também se estreava em Alvalade no lugar de Matheus Reis.
Sérgio Conceição respondeu instantes depois com a saída de Galeno para a entrada de Toni Martínez.
Os minutos finais previam um Sporting a encostar o FC Porto às cordas. Manafá e David Carmo regressaram aos relvados e formaram uma defesa a cinco, assistindo ao golo de Pepê que parecia fechar as contas. Antes, Chermiti ainda tinha atirado para o golo do empate aos 90 minutos, mas Artur Soares Dias invalidou o lance por fora de jogo. Aos 94 minutos, aí apareceu o brasileiro a aproveitar o adiantamento da equipa do Sporting e a bater Adán para o 2-0.
As bancadas de Alvalade começavam-se a despir mas rapidamente voltaram a encher com o golo de Chermiti aos 97 minutos.
Afinal, ainda havia motivos para o Sporting acreditar naqueles que eram minutos finais frenéticos. Adán ainda subiu à grande área portista no último suspiro, mas a vitória ficou mesmo na invicta.
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