O Benfica continua a ostentar uma grande supremacia história nas receções ao FC Porto para a Liga portuguesa de futebol, mas alicerçada num passado distante, pois o panorama inverteu-se nos últimos tempos.

Na antecâmara do 78.º jogo na capital, os “encarnados” exibem ainda mais de 50 por cento de triunfos (41), mas ganharam apenas dois dos últimos 10 encontros, tendo perdido quatro e empatado outros quatro (6-8 em golos).

Um livre direto do francês Laurent Robert, que Vítor Baía não conseguiu parar, e um remate do argentino Javier Saviola, após assistência de David Luiz, selaram os dois míseros 1-0 do Benfica, em 2005/2006 e 2009/2010, respetivamente.

De resto, os “encarnados” não conseguiram mais do que um “nulo” (2001/2002) e três empates a um golo (2003/2004, 2006/2007 e 2008/2009), com a curiosidade de o regressado Lucho ter marcado para as duas equipas – na própria baliza em 2006/2007 e de grande penalidade em 2008/2009.

Por seu lado, o FC Porto logrou três triunfos por 1-0, selados pelo luso-brasileiro Deco (2002/2003), o sul-africano Benny McCarthy (2004/2005) e pelo agora jogador dos turcos do Besiktas Ricardo Quaresma (2007/2008), e um por 2-1, que selou o título portista, em plena Luz... às escuras.

Um golo na própria baliza do guarda-redes Roberto foi “anulado” por uma grande penalidade de Saviola, mas, depois, e também de penalti, após falta do espanhol sobre o colombiano Falcao, o brasileiro Hulk sentenciou.

Com estas quatro vitórias, todas seladas, curiosamente, na primeira parte, o FC Porto passou a totalizar 13 na casa dos “encarnados”, que não representam, ainda assim, mais do que 16,9 por cento de sucessos.

A história dos encontros para o campeonato na casa do Benfica começou a 24 de março de 1935: no Campo das Amoreiras, em Lisboa, os anfitriões venceram por 3-0, com tentos de Gaspar, Rogério e Vítor Silva.

Os “encarnados” triunfaram nos quatro jogos seguintes e não mais largaram a liderança no histórico, sendo que o FC Porto só por uma vez conseguiu dois triunfos consecutivos (1-0 em 1974/75 e 3-2 em 75/76) e apenas alcançou uma vitória por mais de um golo de diferença (2-0 em 1950/51).

Por seu lado, o Benfica apresenta uma série de goleadas, a maior das quais na longínqua época de 1942/43: 10 tentos separaram as duas equipas (12-2), com Julinho (quatro) em grande destaque.

A formação lisboeta conseguiu ainda mais uma série de resultados expressivos, destacando-se os 7-2 de 1944/45, os 6-0 de 36/37, os 5-1 de 35/36 e 41/42 e ainda os 4-0 de 45/46, 46/47 e 64/65.

No que respeita a golos, que têm escasseado na última década (14), o “maior” é José Águas, que “bisou” em cinco ocasiões e totalizou 14 golos, contra 10 do “rei” Eusébio da Silva Ferreira.