O Estoril-Praia tornou-se em 2013/14 o 12.º “rei dos pequenos” da I Liga portuguesa de futebol, sucedendo ao Paços de Ferreira, ao igualar a sua melhor classificação de sempre, o quarto lugar de 1947/48.

A formação “canarinha”, que a época passada já tinha ficado num brilhante quinto posto, depois de ter ganhado a II Liga em 2011/12, apenas perdeu esta época para os três “grandes”, garantindo o segundo apuramento seguido para a Liga Europa.

O jovem treinador Marco Silva é o grande obreiro do sucesso da formação da linha, que sobreviveu à venda dos seus melhores elementos no defeso (Steven Vitória, Jefferson, Carlos Eduardo e Licá) e ainda ao adeus, em janeiro, de Luís Leal.

O Estoril-Praia, que cumpriu a 21.ª presença no principal campeonato português, nunca tinha sido a melhor equipa no campeonato “sem” os três “grandes”, pois em 1947/48 ficou em quarto, mas à frente do FC Porto e atrás do Belenenses.

A formação do Restelo é a líder destacada neste “campeonato”, já que terminou à frente do pelotão dos “pequenos” em 25 ocasiões, contra 16 do Boavista, que poderá regressar à I Liga em 2014/15, pela mesma via que desceu, a administrativa.

O Belenenses já não consegue, porém, ser a melhor equipa, sem contar com Benfica, FC Porto e Sporting, desde 1987/88, há mais de um quarto de século. Ficou, então, no terceiro posto, apenas atrás de “dragões” e “águias”.

Por seu lado, o Boavista foi o melhor dos “pequenos” pela última vez – e então terceira consecutiva - em 2001/02, época em que foi vice-campeão, apenas atrás do Sporting, que, depois disso, também nunca mais terminou o campeonato em primeiro.

Mais do que o primeiro entre os “outros”, o conjunto do Bessa conseguiu ser campeão em 2000/01, sob o comando de Jaime Pacheco, precisamente 55 anos depois do único cetro do Belenenses, em 1945/46. Foram os únicos que fugiram aos “grandes”.

No “ranking” dos líderes entre os “pequenos”, o terceiro lugar é ocupado pelo Vitória de Guimarães, que soma 13 “títulos”, o último em 2007/08, mais três do que o vizinho e rival Sporting de Braga, o melhor entre 2009/10 e 11/12.

A lista inclui também dois clubes já “desaparecidos” (CUF, em 1961/62 e 64/65, e Carcavelinhos, em 37/38), e um terceiro há muito afastado da divisão principal, o Atlético (43/44, 49/50 e 50/51), que na presença temporada foi o pior da II Liga.

O Vitória de Setúbal (quatro épocas), a Académica (1966/67 e 67/68) e o Nacional (2003/2004 e 2008/2009) são os outros clubes com lugar nesta tabela.