O antigo presidente do Santa Clara Paulino Pavão, que foi o responsável pela contratação de Carlos Alberto Silva, recordou hoje qualidades do "homem e técnico", que orientou os açorianos quando a equipa integrava a I Liga de futebol.
O ex-treinador brasileiro Carlos Alberto Silva, que se sagrou bicampeão português de futebol no comando técnico do FC Porto, morreu hoje, aos 77 anos. A causa da morte não foi ainda tornada pública, mas o antigo técnico tinha sido operado ao coração no final de 2016 e estava em período de convalescença.
"Sem dúvida que, para além do seu profissionalismo, era um grande treinador, uma excelente pessoa, humilde, uma pessoa empenhada em tudo e, naturalmente, que, com muito pena minha, o vejo partir ", afirmou à agência Lusa Paulino Pavão.
Carlos Alberto Silva, que orientou o Santa Clara na época 2002/2003, na I Liga, e na época 2003/2004, na II Liga, não conseguiu evitar a descida da equipa, sendo que, desde então, o Santa Clara nunca mais regressou ao primeiro escalão.
"Um profissional do Santa Clara, que deixou, sem dúvida alguma, saudade da nossa parte e dos sócios. Aquilo que as pessoas comentavam é que era uma pessoa muito religiosa, uma pessoa muito devota, atenta a situações religiosas e de caridade", disse Paulino Pavão.
Para além da passagem pelo Santa Clara, o treinador sagrou-se bicampeão português de futebol no comando técnico do FC Porto, em 1992 e 1993, tendo ainda vencido a Supertaça portuguesa, em 1992.
Natural de Belo Horizonte, Carlos Alberto Silva, que chegou ao comando da seleção brasileira, teve um início de carreira fulgurante no futebol do seu país, liderando o Guarani na conquista do primeiro e único título nacional da sua história, em 1978.
Carlos Alberto Silva chegou ao FC Porto em 1991 e as duas temporadas em que esteve no clube terminaram com a vitória dos 'dragões' no campeonato, tendo ainda vencido a Supertaça e atingido a final da Taça de Portugal, em 1992, perdida para o Boavista.
Além do FC Porto, o ex-treinador, que liderou também o Palmeiras, Vasco da Gama, Goiás e Santos, comandou ainda fora do Brasil os espanhóis do Deportivo e os japoneses do Yomiuri Kawasaki, pelo qual se sagrou campeão japonês, em 1991.
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