O Olhanense até entrou bem na partida, mas esse fulgor esfumou-se rapidamente ao cabo de dez minutos. Bastou o FC Porto acelerar um pouco o jogo, através de uma boa circulação de bola, e a defesa do Olhanense começou a desmoronar-se, qual baralho de cartas.

Aos treze minutos, Falcao inaugurou o marcador. O colombiano cabeceou bem no meio da pequena área, perante a apatia dos centrais algarvios.

A reacção do Olhanense aconteceu mas foi sempre ténue. A defesa do FC Porto esteve sempre muito forte nas marcações não dando espaços aos jovens avançados de Olhão.

A única oportunidade,digna desse nome, da equipa de Olhão pertenceu a Carlos Fernandes. Após grande confusão na área portista, a bola sobrou para o jogador português que rematou de pronto levando a bola a embater na barra da baliza de Helton.

A velha máxima do futebol acaba sempre por imperar nestas partidas, "quem não marca, sofre". Foi isso mesmo que aconteceu no jogo. O Olhanense não conseguia chegar com verdadeiro perigo à baliza de Helton, e foi então que, mesmo a fechar a primeira parte, Bruno Alves recebeu um cruzamento de Belluschi e cabeceou para o fundo das redes de Bruno Veríssimo.

O intervalo e a actuação dos Irmãos Verdade no relvado parece ter feito bem aos jogadores de Jorge Costa que entraram a todo o gás na segunda parte. Dois cantos sucessivos que originaram situações de perigo na área portista. Helton esteve sempre muito mal a sair-se dos postes em lances de bola parada, o que gerava o pânico na sua área.

Vendo a sua equipa perder o meio-campo, Jesualdo Ferreira decidiu substituir Mariano por Guarín, mas nem mesmo assim, a equipa de Olhão deixava de atacar com relativo perigo.

A verdade é que o FC Porto foi sempre aguentando bem as investidas algarvias. Ficou sempre a ideia de que o Olhanense dominava em alguns momentos, mas de forma consentida pelos dragões.

Nos últimos dez minutos, o FC Porto subiu no terreno, acelerou e voltou a ficar por cima da partida. Depois de uma bola ao poste de Hulk e outras tantas situações de golo. Falcao bisou e sentenciou de vez a partida.

O colombiano recebeu, ao minuto 40, um cruzamento de Hulk na esquerda e limitou-se a encostar para o fundo das redes, fazendo o seu segundo golo na partida e o sétimo no campeonato.

Com esta vitória os pupilos de Jesulado Ferreira continuam na perseguição do Sporting Braga e pressionam o Benfica que só amanhã defronta o Paços de Ferreira.

Já o Olhanense saiu deste ciclo terrível de três jogos (Sporting, Sp. Braga e FC Porto) com três derrotas.