Godinho Lopes comentou esta terça-feira a situação actual do Sporting, revelando o seu conhecimento das dificuldades financeiras que o clube tem no futuro imediato.
«Para acabar esta época faltam 13 milhões de euros. Já foram utilizados antecipadamente da época seguinte 30 milhões de euros. Há 17 milhões de diferença na próxima época entre o orçamento de vendas e o orçamento de custos previsível, portanto estamos a falar de 60 milhões de euros. Eu não era capaz de vir para este projecto sem vir com esses 60 milhões para organizar o passado e com cerca de 40 milhões para poder olhar para o futuro com um projecto vencedor», referiu o candidato à presidência dos leões, cujas eleições se realizam no dia 26 de Março.
Contando com Nobre Guedes, principal responsável da reestruturação financeira do clube, na sua equipa directiva, Godinho Lopes frisou ter as «condições necessárias» para fazer face a este desafio, embora não esclareça ainda a sua solução: «Se achasse que não tinha as condições necessárias para fazer face ao futuro de forma sustentada não era candidato.»
O engenheiro que ficou ligado à construção do estádio e da Academia voltou a vincar os «295 milhões de passivo» que o Sporting terá aproximadamente «no final da época», mas reitera que o problema dos leões não é ausência de dinheiro para o futebol. «O que tem havido no Sporting não é falta de dinheiro, o que tem havido é menos habilidade ou jeito para encontrar soluções ligadas a um projecto desportivo vencedor», sublinhou, em linha com as críticas feitas por José Maria Ricciardi à liderança de José Eduardo Bettencourt nesta segunda-feira.
O candidato à presidência do Sporting garantiu ainda ter cerca de 100 milhões para encarar da melhor forma o estado deficitário do clube, embora não se queira centrar no aspecto financeiro nesta disputa eleitoral. «Não gostava que a campanha se fizesse em torno de números. Quis alertar para a necessidade das candidaturas serem credíveis em torno de um conhecimento efectivo do que o Sporting tem», concluiu.
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