O FC Porto reagiu esta quarta-feira, através de um comunicado, à decisão do Tribunal da Relação de Lisboa em deixar a SAD do Benfica de fora do julgamento do processo E-Toupeira.

Os ‘dragões’ apontam “interpretações divergentes sobre a natureza e grandeza das provas que tornassem inequívocas as relações entre mandados e mandantes, sendo certo que partilhavam o mesmo corredor no Estádio da Luz”.

"A FC Porto Futebol SAD constata que o processo E-Toupeira vai chegar a julgamento com o banco dos réus desfalcado do elemento a quem aproveitou o crime, no plano desportivo. Esta constatação deriva de interpretações divergentes não sobre os factos reais mas sim sobre a natureza e grandeza das provas que tornassem inequívocas as relações entre mandados e mandantes, sendo certo que partilhavam o mesmo corredor no Estádio da Luz", pode ler-se no comunicado divulgado no site dos 'dragões'.

O FC Porto diz ainda que é “evidente que a SL Benfica Futebol SAD não foi pronunciada em consequência de uma ‘guerra’ entre o Ministério Público e a Magistratura”.

"Lidas as peças processuais resultantes da investigação, da decisão da juíza de Instrução e, agora, dos juízes do Tribunal da Relação, torna-se evidente que a SL Benfica Futebol SAD não foi pronunciada em consequência de uma "guerra" entre o Ministério Público e a Magistratura. Apesar de tudo, continuamos a acreditar que será possível que a verdade desportiva venha a triunfar", vincou o clube 'azul e branco'.

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) decidiu hoje não levar a julgamento a SAD do Benfica no âmbito do processo 'e-toupeira', mantendo a decisão instrutória da juíza Ana Peres, do Tribunal Central de Instrução Criminal.

Em 21 de dezembro do ano passado, a juíza Ana Peres, do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), não pronunciou (não levou a julgamento) a SAD do Benfica por nenhum dos 30 crimes pelos quais foi acusada pelo Ministério Público (MP), nem o funcionário judicial Júlio Loureiro, mas pronunciou o antigo assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves e o funcionário judicial José Silva.

O MP interpôs recurso para o TRL, que foi distribuído ao juiz/relator Rui Teixeira, no qual o procurador Válter Alves defendia a pronúncia da SAD 'encarnada' por um crime de corrupção ativa, outro de oferta ou recebimento indevido de vantagem e 28 crimes de falsidade informática: os 30 crimes que constam da acusação por si proferida.

Leia o comunicado na íntegra:

"A FC Porto Futebol SAD constata que o processo E-Toupeira vai chegar a julgamento com o banco dos réus desfalcado do elemento a quem aproveitou o crime, no plano desportivo.

Esta constatação deriva de interpretações divergentes não sobre os factos reais mas sim sobre a natureza e grandeza das provas que tornassem inequívocas as relações entre mandados e mandantes, sendo certo que partilhavam o mesmo corredor no Estádio da Luz.

Lidas as peças processuais resultantes da investigação, da decisão da juíza de Instrução e, agora, dos juízes do Tribunal da Relação, torna-se evidente que a SL Benfica Futebol SAD não foi pronunciada em consequência de uma "guerra" entre o Ministério Público e a Magistratura.

Apesar de tudo, continuamos a acreditar que será possível que a verdade desportiva venha a triunfar.