O FC Porto publicou no seu site oficial um comunicado em resposta ao Sindicato dos Jornalistas, que se havia pronunciado sobre as notícias de uma agressão a um repórter de imagem da Sport TV no exterior do Estádio do Dragão.

Na terça-feira, o Sindicato condenou o clima de intimidação criado nas imediações do Estádio do Dragão durante a Assembleia-Geral do FC Porto. O clube 'azul-e-branco', porém, acusa agora o SJ de quebrar "regras elementares do jornalismo" ao "assegurar" que os adeptos em questão "se tratam de adeptos do FC Porto".

Os 'dragões' garantem ainda que condenam "todos os géneros de violência" e defendem que o caso "deve ser tratado na esfera das autoridades policiais, as únicas com competência para averiguar o que realmente aconteceu".

Confira o comunicado do FC Porto:

"O Sindicato dos Jornalistas emitiu ontem um comunicado por causa de uma alegada agressão a um repórter de imagem no exterior do Estádio do Dragão. O FC Porto estranha que o Sindicato dos Jornalistas se substitua a qualquer investigação das autoridades e identifique os autores do incidente como adeptos do nosso clube. Com que factos se suporta o Sindicato dos Jornalistas para assegurar que se tratam de adeptos do FC Porto? Já não seria a primeira vez que incidentes nas imediações do nosso estádio foram protagonizados por adeptos de outros clubes, como aconteceu, por exemplo, antes de um FC Porto-Sporting em que um numeroso grupo de adeptos, que se veio posteriormente a averiguar serem do Sporting, protagonizou vários episódios de violência.

O FC Porto condena todos os géneros de violência e este caso deve ser tratado na esfera das autoridades policiais, as únicas com competência para averiguar o que realmente aconteceu.

Pior é o Sindicato dos Jornalistas cometer o erro primário de relatar factos que não viu, não confirmou e, ainda pior, sem ouvir uma das partes visadas – são regras elementares do jornalismo. Não é verdade que o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, ou qualquer outro dirigente, tenha tecido “duras críticas à imprensa”, como refere o comunicado do Sindicato dos Jornalistas. Mas mesmo que o tivesse feito, o que nunca aconteceu, o direito à crítica, mais ou menos dura, é uma base da democracia e era só o que mais nos faltava do que um sindicato dos jornalistas a defender um qualquer género de censura. Um destes dias ainda sai um comunicado a condenar o S. Pedro pelo mau tempo quando os jornalistas fazem a cobertura de tempestades".