O FC Porto foi até Faro bater o Farense por 3-1 este domingo, na 19.ª jornada da Primeira Liga de futebol. No Estádio São Luís, Evanilson (2) e Alan Varela marcaram para os azuis e brancos, Bruno Duarte reduziu para os algarvios. O arbitro João Pinheiro assinalou três grandes penalidades, duas contra o FC Porto e uma contra o Farense que foi revertida pelo VAR.

A equipa de Sérgio Conceição (3.ª com 44 pontos) faz o seu papel e fica à espera do que fazem Benfica (45 pontos) e Sporting (46 pontos), frente ao Estrela da Amadora e Casa Pia, respetivamente, na segunda-feira.

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Penáltis, VAR, muitas peripécias e dois golos

O primeiro tempo foi frenético, com dois golos, duas grandes penalidades, uma delas revertida pelo VAR, e ainda uma bola no poste.

Para este encontro, Sérgio Conceição teve de volta Nico González, que faltou o derradeiro encontro por castigo. O espanhol fez dupla de médios com Alan Varela, num onze que começa a ganhar forma. Ao 4-3-3 dos azuis e brancos, José Mota respondeu com um 4-5-1 nos algarvios (o mesmo onze que venceu o Casa Pia), numa equipa agressiva a defender e com os olhos postos no contra-ataque.

Os primeiros minutos revelaram um FC Porto com mais bola, instalado no meio-campo contrário, à procura de bater o compacto Farense, muito pressionante na defesa e a sair rápido para a frente quando tinha bola. Aos oito minutos, um mau passe de Galeno deixou Marco Matias em boa posição. O extremo correu para a área, mas pressionado por Pepe, rematou fraco para as mãos de Diogo Costa.

Na resposta, Evanilson viu um defesa negar-lhe o 1-0 aos 10 minutos e, aos 16, foi Elves Baldé a fazer o mesmo a Galeno, num corte fantástico quando o extremo ia rematar para a baliza.

Elves Baldé estava a assumir o protagonismo porque no lance seguinte, saiu no seu corredor, aproveitou um passe de Marco Matias para atirar, com estrondo, ao poste. Na recarga, Marco Matias obrigou Diogo Costa a afastar para canto.

Os últimos 15 minutos foram frenéticos. Aos 29, o árbitro João Pinheiro marcou grande penalidade para o FC Porto por entender que o corte de Elves Baldé sobre Evanilson na área algarvia tinha sido em falta mas, alertado pelo VAR, reviu a jogada e mudou a sua opinião.

Opinião que não mudou na grande penalidade seguinte, aos 33. Centro tenso para a área portista, remate ao primeiro poste de Gonçalo Silva contra o corpo de Fábio Cardoso. O árbitro disse que o central portista cortou com a mão, o VAR confirmou. Na conversão, Mattheus Oliveira atirou para a bancada. O pé de apoio fez a bola levantar antes do remate, o que fez com o impacto no esférico ocorre um pouco acima do normal.

Aproveitou o FC Porto para responder com... dois golos. Aos 36 minutos, uma perda de bola do Farense no ataque permitiu a Galeno sair em velocidade. O extremo soltou na hora certa para Evanilson que rematou de primeira, de pé esquerdo, para o fundo das redes.

O 2-0 é de Alan Varela, aos 41, num canto estudado. Francisco Conceição marcou curto para Pepê que encontrou o argentino à entrada da área, para um remate seco e colocado, que deixou Ricardo Velho pregado o relvado.

Farense volta a sonhar, Evanilson acaba com esperanças

O segundo tempo não foi diferente do primeiro, embora o Farense tenha procurado mais vezes a baliza de Diogo Costa. Uma segunda parte que arrancou com Wendel e Galeno a chegarem atrasados na pequena área a dois centros tensos. Depois foi Ricardo Velho a negar um golaço a Francisco Conceição, com grande defesa.

No Farense, foi Elves Baldé que esteve perto do golo, um remate surpresa de fora da área que obrigou Diogo Costa a aplicar-se e defender para canto.

Com o forte apoio vindo das bancadas o São Luís, quase cheio (6565 espectadores), os algarvios ganharam novo ânimo no jogo quando reduziram aos 60 minutos. Na saída curta do FC Porto, Alan Varela não viu Mattheus Oliveira, esticou a perna e atingiu o brasileiro na área portista. João Pinheiro apontou para a marca de grande penalidade pela terceira vez no jogo (a segunda contra o FC Porto, o penálti contra o Farense foi anulado). Mattheus Oliveira declinou marcar, Bruno Duarte assumiu a responsabilidade e fez o 1-2, com Diogo Costa quase a defender a bola.

O FC Porto tentou que a equipa de José Mota não crescesse no jogo e tentou logo ganhar nova vantagem de dois golos. Aos 71 minutos, Pepê fez um golaço, num remate ao ângulo, mas o golo foi anulado por fora de jogo de Galeno no início da jogada.

Seria o anúncio do 3-1, o segundo de Evanilson, aos 76 minutos. Mais uma aceleração de Pepê pelo meio, a servir Evanilson que recebeu e rematou de pronto, batendo Ricardo Velho pela terceira vez.

Até ao final, destaque para várias mexidas nas duas equipas, que não trouxeram nada de novo.

O FC Porto consegue a quarta vitória seguida, a terceira na I Liga, e consolida o 3.º posto com 44 pontos, menos um que Benfica (2.º) e menos dois que Sporting 1.º), que jogam na 2.ª feira diante de Estrela da Amadora e Casa Pia, respetivamente. O Farense mantém-se no 7.º posto com 24 pontos.

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