O FC Porto deslocou-se esta noite ao reduto do Estoril, em jogo a contar para a 20ª jornada da Liga, para somar um importante triunfo por 3-1 e colar-se assim ao Benfica no segundo lugar. Os dragões de José Peseiro mantiveram assim viva a perseguição ao título num terreno onde habitualmente o FC Porto passa por muitas dificuldades.
As experiências testadas no jogo para a Taça da Liga, frente ao Feirense, ficaram no passado, com o técnico portista a fazer entrar de início o onze habitual, com destaque para a escolha de André André como apoio do avançado Aboubakar, enquanto Brahimi e Corona ficavam pelas alas. Já do outro lado, o Estoril, de Fabiano Soares, apresentava-se com a novidade Marion no onze inicial.
Curiosamente, o regresso à equipa “de elite” valeu uma entrada em falso ao FC Porto no jogo no Estádio António Coimbra da Mota. Desligada e algo passiva, a formação portista foi surpreendida logo aos quatro minutos, com o golo do Estoril. Diego Carlos antecipou-se à marcação de Danilo Pereira e cabeceou para o 1-0, na sequência de um canto apontado por Marion.
Do susto inicial à imposição de uma reação foi um curto passo para o FC Porto. Após várias situações em que se mostrou incapaz de enfrentar estes golpes no tempo de Julen Lopetegui, os dragões mostraram esta noite sob a liderança de José Peseiro uma identidade bem mais vincada e confiante.
O primeiro sinal de que a mensagem de confiança do técnico portista começa a entrar na cabeça dos jogadores foi dado no espaço de dois minutos, mas Diego Carlos cortou a tentativa de Aboubakar. Contudo, o avançado camaronês redimiu-se e acertou mesmo no empate aos 18’, ao finalizar com eficácia mais uma assistência perfeita de Layun.
Os dragões cresceram no jogo e começaram a subjugar o Estoril no seu reduto. Assim, já não constituiu surpresa quando chegou o 1-2 para o FC Porto. À passagem dos 34 minutos, Danilo Pereira subiu mais alto do que toda a gente na área estorilista e cabeceou para o segundo golo dos dragões, deixando dessa forma a sua equipa em vantagem para o intervalo.
No segundo tempo, os adeptos portistas presentes na Amoreira puderam assistir a mais alguns sinais de maturidade da equipa. A mudança esperada no Dragão começa a dar os primeiros passos e foi visível na segurança e solidez com que conteve a esperada reação do Estoril. A formação estorilista tentava golpes venenosos por Gerso e Léo Bonatini, mas a defesa portista não caiu na armadilha. E assim Casillas podia estar em segurança na baliza.
Fabiano Soares ainda mudou algumas peças na esperança de um último fôlego. Porém, o golo acabou mesmo por surgir na sua baliza. Depois de um falhanço incrível de Aboubakar em cima da linha de golo, o FC Porto chegou mesmo ao 3-1. Obra e mérito de André André, que aos 81 minutos fez uma recarga certeira ao primeiro remate de Corona, aproveitando da melhor forma a defesa incompleta de Kiezsek. Estava consumada a reviravolta do FC Porto.
O triunfo final por 3-1 espelha bem a superioridade portista no encontro desta 20ª jornada, colocando-se assim provisoriamente em igualdade com o Benfica e a dois pontos do líder Sporting. Têm agora a palavra os rivais lisboetas…
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