O regresso do Feirense ao escalão máximo do futebol português, depois de 21 anos de ausência, ficou marcado, novamente, pela descida de divisão.

No entanto, a tradição manteve-se. Tal como na época de 1989/90, que a equipa terminou no 18.º e último lugar, o clube foi aquele que teve mais jogadores portugueses no seu plantel, num total de 16.

A equipa de Santa Maria da Feira disputou sete jogos em casa no Estádio Municipal de Aveiro, em virtude das obras de remodelação do Estádio Marcolino de Castro, cuja estreia foi marcada com a vitória sobre o Rio Ave (2-0), à 11.ª jornada.

Depois, veio o pior período da equipa de Quim Machado, que esteve 13 jogos sem vencer. Nesse intervalo de tempo, o técnico ficou sem o avançado Rabiola, que acabou por estar ausente da competição durante sete meses.

O francês Buval acabaria por ser a figura da equipa e aposta firme de Quim Machado, ao substituir Rabiola na frente de ataque, para Terminar a temporada como o melhor marcador da equipa, com oito golos.

Com a habitual política de contenção, o presidente Rodrigo Nunes efetuou apenas uma contratação (Bastian Hohmann) na reabertura do mercado, em Janeiro, numa altura em que o Feirense tinha apenas um único avançado.

Sem vencer desde o jogo com a União de Leiria, em casa (2-1), Quim Machado colocaria o seu lugar à disposição à 25ª jornada, após a derrota caseira por 3-1 com o Beira-Mar, então um concorrente direto na luta pela permanência.

Henrique Nunes, tio do presidente do Feirense, foi o treinador escolhido para assumir o comando da equipa nas últimas cinco jornadas, regressando ao clube ao fim de quatro anos.

E, o Feirense acabou por ter nas suas mãos a possibilidade de se manter na Liga, mas, após abandonar os lugares de despromoção, perdeu os dois últimos jogos por 3-1, primeiro na receção ao Vitória de Guimarães e, já dependente da Académica, em Barcelos.