Felipe, defesa do FC Porto, concedeu entrevista à revista Dragões. O central abordou assuntos como a arbitragem, a sua alegada agressividade e os primeiros tempos de dragão ao peito.

Arbitragem e o foco no triunfo

"Esta época será tão difícil quanto a anterior. Os jogos estão cada vez mais difíceis. Os adversários estudam-nos, sabem os nossos pontos fortes e procuram neutralizá-los, por isso temos de procurar coisas diferentes, que os surpreendam. Na minha opinião, fui mal expulso nesse lance, e aquilo que o Brahimi e o Marega disseram ao árbitro foi de raiva. Nesse momento, bati no peito e disse: "Vamos ser campeões!". Quando vim para Portugal, sabia que a arbitragem era uma coisa muito complicada. Essas imagens do Brahimi e do Marega foram um exemplo da vontade que todos tínhamos de ser campeões. Foi essa vontade que levámos para todos os jogos."

O apelido Felipe "Vale Tudo".

"Confesso que dá vontade de rir. Se fossem os meus adeptos a dizer isso, ficava muito chateado, porque seria sinal de que estava a fazer algo errado. Agora, se os meus adeptos me transmitem carinho e confiança e os meus adversários me criticam, então está tudo certo."

A chegada de Sérgio Conceição

"Quando cheguei ao FC Porto estava cá o Nuno, que também é um ótimo treinador, mas faltou-nos um pouquinho, aquele pouquinho que o Sérgio Conceição tem. É uma pessoa que não nos deixa acomodar. Até podemos ganhar, mas se não for de uma forma construtiva ou agressiva, ele já não gosta e cobra isso aos jogadores. Não é só nas derrotas que há coisas para corrigir, nas vitórias também. Ele tenta sempre chegar perto da perfeição e isso é algo que a equipa acata muito bem. Os jogadores absorvem isso e levam isso para dentro do campo. Estamos sempre a tentar melhorar para conseguirmos concretizar o objetivo que todos temos na mente: voltar a ser campeões"

Felipe de hoje e o Felipe de 2016

"Quando cheguei, era o meu primeiro ano na Europa e tinha algumas coisas a melhorar. Apesar da grandeza do clube, parecia que as outras equipas já não tinham o mesmo respeito pelo FC Porto, e era importante recuperar isso. Aí, mudei um pouco o meu estilo. Senti que era preciso mais agressividade, no bom sentido, e hoje continuo a ser assim"

Adaptação

"Os elogios são sempre bons, mas temos de ter cuidado, pois elogios em demasia podem atrapalhar. Também recebi críticas, o que ajuda a equilibrar as coisas. Temos de saber separar as críticas construtivas das críticas que tentam derrubar-nos. Tenho esse filtro e isso tem-me ajudado muito desde que cheguei ao FC Porto."

Jogador à Porto

"Já recebi bastantes mensagens que se referem a isso, que dizem que sou um jogador à Porto. Quando cheguei não sabia o que isso era e perguntei à malta. Eles disseram-me que um jogador à Porto era alguém que se entregava ao máximo e que fazia tudo para que a equipa saísse vitoriosa. Quando me disseram isso, naturalmente fiquei muito feliz. É bom saber que os meus adeptos olham para mim dessa forma."

Balneário é igual a família

"Uma das coisas em que mais martelamos é que somos uma família. Uma família é união, é um a ajudar o outro. É óbvio que há brigas, como em qualquer família, mas isso é muito bom. Tudo o que se passa no nosso balneário é sempre para somar e procurar algo melhor. Creio que isso é mais uma coisa que nos diferencia das outras equipas."

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