O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Fernando Gomes, prometeu hoje apresentar até 30 de Junho um «plano a médio e longo prazo» para melhorar as competições profissionais e ajudar os clubes a atravessar a crise.
«Em 2010 garanti que ia estudar de forma profunda a realidade do futebol profissional para construir um plano de meio e longo prazo. Até 30 de Junho apresentarei aos presidentes dos clubes essa análise, que será de longe a mais completa e descomplexada que até hoje se fez nesta indústria», garantiu.
Fernando Gomes revelou um pouco do projecto: «É um plano que engloba um modelo de desenvolvimento, quadros competitivos adequados, recursos financeiros disponíveis e mudanças regulamentarmente necessárias».
«O futebol livre conquista-se com planeamento, avaliação de recursos, estratégias globais e uma acção determinada. É para isso que cá estamos. Os clubes não me elegeram para comentador desportivo», vincou.
O dirigente falou dos objectivos assumidos em Junho de 2010 e prometeu «resultados» em Junho de 2014, «que devem ser todos alcançados». Nos próximos dias vai ainda propor «uma matriz de regulamentos novos para 2011/12, que visem maior transparência e celeridade processual».
O presidente da LPFP lembrou que já conseguiu implementar alterações estatutárias, o papel desempenhado para colocar a federação dentro da lei e garantiu que, «a seu tempo, os clubes profissionais saberão apresentar um caderno de prioridades aos candidatos à presidência da Federação».
«Queremos um mercado de apostas desportivas regulado com os clubes e o país a recolher parte das receitas que essa indústria gera com recurso às nossas marcas», acrescentou.
Fernando Gomes disse ainda que «o futebol é um exemplo» em Portugal: «É uma indústria competitiva num mercado livre, sem fronteiras. Não recorre a linhas de crédito estatais. Paga impostos avultados. Se os não pagar, tem regras para limitar acesso dos incumpridores à competição. Mas não se espere que passe ao lado da crise económica e financeira que levou Portugal a pedir emprestados 80.000 milhões de euros».
O dirigente elogiou o facto de Portugal ter dois treinadores e dois clubes – FC Porto e Sporting de Braga – a disputar a final da Liga Europa de futebol, «onde 95 por cento dos clubes europeus desejavam estar, mas não estão».
«Portugal, esta época, é o numero um do ranking da UEFA. Só consegue ser número um quem olha em frente e é capaz de renovar os seus objectivos», concluiu.
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