Por entre a euforia de centenas de adeptos algumas frases ganhavam saliência quando se tratava de definir o sentimento angolano após a conquista do título: “Foram muitos anos sem ganhar”.
E outra, proferida por um jovem vestido de vermelho dos pés ao cabelo que lembra que “depois de tantos anos” conseguiram "trazer o título para Angola”, que, mesmo parecendo anacrónica, tem explicação quando outro adepto angolano grita alto e bom som: “São milhões e milhões de adeptos em todo o mundo” felizes com esta conquista.
Mas a marginal de Luanda foi um dos muitos locais da capital angolana que se encheram da euforia benfiquista, sendo o Parque da Liberdade, antigo Parque Heróis de Chaves, onde se concentrou “oficialmente” a festa e se viu o jogo.
Tal como em Lisboa ou qualquer cidade portuguesa, também na capital de Angola as caravanas automóveis se foram formando e, a medida que o tempo passava, poucas eram as artérias do centro da urbe onde as persistentes buzinas não se faziam ouvir.
Desde o Largo da Maianga, até à Sagrada Família, cerca de 1,5 quilómetros, os automóveis, por momentos, faziam quase fila única, sendo igualmente grande a concentração de pessoas e carros na marginal ou ainda na Ilha de Luanda, locam onde muitos, em restaurantes caros ou barracas de comes e bebes, assistiram ao desafio em que o Benfica derrotou o Rio Ave.
Pelo andar dos festejos, a festa ainda durará horas em Luanda.
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