O treinador do Belenenses SAD disse hoje que acredita na inteligência e espírito dos futebolistas para discutir o jogo com o Estoril Praia, na 14.ª ronda da I Liga, embora a recuperação total seja “clinicamente impossível”.

O conjunto lisboeta regressou apenas hoje, na sua totalidade, aos treinos coletivos, na véspera de receber os estorilistas, após 14 dias de isolamento profilático, para travar o surto da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, que infetou 19 elementos.

“Acreditamos na inteligência destes jogadores, na crença e no estado de espírito do grupo para que possamos discutir o jogo, mas, em um ou dois dias, é cientificamente impossível poder dizer que a equipa está preparada para poder discutir o jogo a este nível e com a intensidade que tenho a certeza que vai ter”, frisou o técnico dos ‘azuis’.

Em conferência de imprensa de antevisão à partida, no Estádio Nacional, em Oeiras, o técnico revelou que encontrou “um grupo de jogadores que estava com muita vontade de sair de casa e de fazer o que mais gosta, com muita vontade de treinar”, tal como a equipa técnica, numa “alegria geral” que oferece “coragem para enfrentar o futuro”.

“Um desafio que nos espera é dotar a equipa de dinâmicas e procurar que os índices físicos regressem. Tivemos a infelicidade de estarmos 14 dias em casa, mas podem ter a certeza que, independentemente do que aconteça nos próximos tempos, este grupo nunca se vai entregar e vai procurar ser competitivo em qualquer jogo”, assegurou.

O espírito de grupo “saiu reforçado”, pois, durante o período de isolamento, a equipa juntava-se através de videochamadas, nas quais foi possível analisar comportamentos do adversário e, num plano teórico, procurar preparar o jogo através das dificuldades.

“Foram 14 dias sem tocar numa bola e sem fazer as distâncias de alta intensidade que, durante a semana, procuramos que façam. No entanto, com os treinos via Zoom, num máximo de cinco metros, tentámos desmontar o jogo. Se os jogadores estão prontos para fazer um passe longo? Não, pois ainda partiam um vidro de casa”, exemplificou.

Contudo, Filipe Cândido tem a certeza de que os atletas “vão dar o seu melhor”, mas “conscientes das dificuldades do jogo e da qualidade do adversário, que é uma equipa que pratica um bom futebol”, garantindo que, no final da partida, estará “orgulhoso”.

“O facto de ser uma variante desconhecida suscita sempre algum medo e insegurança. Tivemos de trabalhar os jogadores também a nível mental, fazê-los acreditar que seria passageiro e que, brevemente, estaríamos no campo a fazer o que gostamos”, contou.

Sobre o jogo com o Benfica, em que o Belenenses SAD entrou com nove futebolistas, a maioria da equipa sub-23, e terminou aos 48 minutos, por exigência regulamentar – os ‘azuis’ ficaram com menos de sete jogadores em campo, o mínimo exigido -, quando os ‘encarnados’ venciam por 7-0, Filipe Cândido salientou a “forma estoica” com que os atletas se bateram, numa altura em que o técnico já apresentava sintomas da doença.

“A partir do momento em que vestem esta camisola, têm de passar um sentimento de pertença e orgulho muito grande, independentemente do que esteja a acontecer. Têm de o fazer da forma mais digna possível. Foi isso que eles fizeram”, referiu o treinador.

O médio Afonso Sousa e o avançado Rafael Camacho estão recuperados das respetivas lesões e já treinaram hoje, enquanto o guarda-redes Luiz Felipe está em dúvida. Já o defesa Sandro, o médio Sithole e os avançados Francisco Teixeira e Safira são ‘baixas’.

O Belenenses SAD, 18.º e último classificado da I Liga de futebol, com oito pontos, mas menos um jogo, recebe o Estoril Praia, quinto, com 21, no domingo, a partir das 15:30, no Estádio Nacional, com arbitragem de Hélder Malheiro, da associação de Lisboa.

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