Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, acusou o Benfica de interferir nas eleições para a Câmara Municipal de Oeiras.
No programa 'Universo Bancada', do Porto Canal, o dirigente revelou ter dois pareceres que comprovam que não é possível construir, naquele local, a futura Cidade das Modalidades dos 'encarnados', por motivos ecológicos e históricos.
"O Benfica anunciou com alguma pompa e circunstância a construção de uma cidade para as modalidades e não deixa de ser surpreendente que se tenha realizado uma 'mise-en-scène' com Vieira, o presidente e candidato a Oeiras, e parecia algo que se ia fazer de imediato. Mas tenho dois pareceres dos serviços da CM Oeiras que contrariam isso. Um de 6 de junho e outro de 13 de setembro de 2017, ambos assinados por Paulo Vistas, presidente da Câmara, e com pedido para remeter ao Benfica, para conhecimento, que dizem que não se pode fazer a cidade das modalidades ali, porque faz parte da Reserva Ecológica Nacional e interfere com um monumento nacional que é o Aqueduto das Águias Livres. Estes pareceres são assinados por uma arquiteta da CM Oeiras", disse Francisco J. Marques.
"É uma farsa a que assistimos, fazer o anúncio de uma Cidade das Modalidades que não pode existir. A única forma em que isto poder existir é com uma intervenção do Governo. A Câmara não tem poder para construir em Reserva Ecológica Nacional. Foi assinado um acordo em papel molhado, ou seja, não aconteceu nada. Foi uma interferência nas eleições de Oeiras. O Benfica resolveu ajudar o candidato, porventura à espera de contrapartidas. O Benfica está sempre metido em trapalhadas. Estão a enganar os benfiquistas com cerimónia de coisas que não existe", acrescentou.
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