Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, respondeu esta sexta-feira às acusações de "crime organizado" feitas por Luís Bernardo, homólogo do Benfica, na sequência da operação de buscas realizada pela Polícia Judiciária no Benfica.

"O senhor Luís Bernardo e as respetivas declarações são um bom exemplo do polvo. Como meio de defesa, larga toda a tinta que pode, para esconder o que o Benfica fez. E foi o que hoje [sexta-feira] voltou a fazer, para esconder o facto indesmentível de o Benfica, de vários dirigentes e funcionários oficiais e oficiosos estarem a ser investigados por corrupção ativa e passiva", diss Francisco J. Marques, em declarações à Rádio Renascença.

"O futebol não é o forte dele e só assim se percebe que tenha dito que o engenheiro Luís Gonçalves afirmara que o árbitro Hugo Miguel ia ter uma carreira curta. É uma mentira, uma mentira enorme, e facilmente comprovável. Também tentou atirar para os adeptos do FC Porto uma série de práticas não aceitáveis. Convém recordar que os únicos casos comprovados de agressão e perseguição a árbitros em Portugal, neste século, têm como denominador comum o Benfica. Como foi a agressão ao então árbitro Pedro Proença e a perseguição ao árbitro Jorge Sousa, e respetiva família, com vários condenados em Tribunal e todos comprovadamente adeptos do Benfica. Pressão à arbitragem? Do FC Porto isso não existe, mas parece-me evidente que quem andou a fazer isso durante muitos anos foi o Benfica", acrescentou.

Recorde-se que o diretor de comunicação do Benfica falou esta sexta-feira sobre o 'caso dos emails' e das buscas que a Polícia Judiciária fez no Estádio da Luz, lembrando alguns processos de alegadas ameaças de dirigentes do FC Porto, para afirmar que os 'encarnados' "não estavam preparados para lidar com o crime organizado".