O diretor de comunicação do FC Porto voltou a atirar-se ao Benfica no caso dos e-mails, e confirmou a providência cautelar interposta pelo clube da Lua para impedir novas revelações.

Em declarações ao jornal O JOGO, Francisco J. Marques garantiu que o FC Porto vai continuar a divulgar a verdade sobre 'práticas duvidosas' do Benfica no passado recente, e deixou uma ameaça aos rivais: "o segredo de justiça acabará".

"O Benfica interpôs uma providência cautelar e não teve sucesso. O tribunal entendeu que deveria ouvir as duas partes e a providência acabou por não ter o efeito que o Benfica desejava. O caso está com os nossos advogados e vamos pronunciar-nos dentro do prazo estabelecido, que, salvo erro, são dez dias", começou por dizer o diretor de comunicação do FC Porto citado pelo jornal O JOGO.

"Isto foi uma tentativa do Benfica de impedir que os adeptos do futebol conheçam a verdade sobre uma série de práticas duvidosas que o Benfica tem tido ao longo dos últimos anos, que prejudicam a verdade desportiva das competições, e que temos exposto aqui. Neste momento, não estamos impedidos de nada. É verdade que o FC Porto respeita sempre as decisões da justiça e, se vier a ser deferida a providência cautelar, o FC Porto respeitará", acrescentou o dirigente portista.

"Convém ter presente que isto é um pormenor para impedir as pessoas de saberem a verdade. O que interessa é que tudo o que o FC Porto possuía em exclusivo entregou à Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ. Mais mais tarde ou mais cedo tudo se saberá, o segredo de justiça acabará. Esta manobra é o reconhecimento de que tudo isto é verdade. É muito incómodo que se saiba a verdade e o Benfica quer impedi-lo. Mas é impossível de o impedir, porque mais tarde ou mais cedo... Isto foi tudo entregue às autoridades e será entregue a todas que o queiram", frisou Francisco J. Marques.

"Todas as semanas tentam entrar no meu mail e no meu Facebook. Podem entrar, porque não vão encontrar padres. Eu não apago nada. Está lá tudo", sentenciou o dirigente portista.