Frederico Varandas, médico que apresentou a demissão do cargo de diretor clínico do Sporting, mostrando-se disponível para avançar com a candidatura à presidência do clube, recordou os momentos de terror vividos pelos jogadores e staff em Alcochete, a 15 de maio.
"Tive dias muito piores do que aquele, mas admito que a situação foi muito complicada e só não foi pior por sorte. Podia ter sido uma tragédia, porque as pessoas que foram fazer aquilo perderam o controlo. (...) Não, não foram lá só para falar. Acha que queriam falar com o Bas Dost? Ele estava a apertar as chuteiras e levou com um cinto na cabeça. Isso é falar? Eu estava no meu gabinete e apercebi-me do barulho, disse à secretária para não abrir a porta e fui em direção ao balneário... e o Bas Dost estava deitado no chão. É um dos episódios mais negros da história do Sporting", afirma Frederico Varandas em entrevista ao jornal Expresso.
O médico falou ainda sobre o atual momento do clube 'leonino'. "O Sporting não está dividido, está completamente partido. Nos órgãos sociais, nas bancadas, entre adeptos e profissionais. Jogámos contra nós próprios na final da Taça, e isso é impensável. Para mim, foi muito difícil tomar esta posição [demissão], porque eu gostava realmente do que fazia".
Sobre as contratações de Augusto Inácio e Fernando Correia durante a semana, Frederico Varandas referiu:"São remendos, cola. E a cola, se vier muito calor, derrete. E vem aí um verão muito quente. Custa-me que Bruno de Carvalho não esteja a ver o inevitável."
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