O secretário de Estado do Desporto e Juventude manifestou-se hoje "satisfeito" por "finalmente" estar a ver os clubes a tentar resolver o impasse na Liga Portuguesa de Futebol Profissional, cujas eleições estão envolvidas num impasse jurídico.
"O Governo será o garante do cumprimento da legalidade e temos instado a Federação Portuguesa de Futebol nos últimos meses - através de troca de correspondência e reuniões – a cumprir o que está na legislação. E fico muito satisfeito por ver que, de uma vez por todas, os sócios da Liga estão a fazer a sua parte", disse Emídio Guerreiro à agência Lusa, à margem da assinatura de um protocolo entre o Instituto Português da Juventude e Desporto e o Centro de Estudos Judiciários.
No início da semana, os clubes profissionais de futebol reuniram-se em Coimbra e decidiram requerer a marcação de um novo ato eleitoral e a revogação das listas apresentadas às eleições de junho.
As eleições da LPFP de 11 de junho, em que Mário Figueiredo foi reeleito para um segundo mandato, foram anuladas pelo Conselho de Justiça (CJ) da FPF, que mandou repetir as eleições, por considerar que as listas de Fernando Seara e Rui Alves – rejeitadas pela Mesa da Assembleia Geral da Liga - eram válidas.
Mário Figueiredo concorreu sozinho, porque o presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Liga, Carlos Deus Pereira, rejeitou as candidaturas de Rui Alves e Fernando Seara, alegando que estas não apresentaram candidatos a todos os órgãos sociais da Liga.
"Como tenho dito, é importante que nesta matéria cada um faça a sua parte. Eu farei a minha e estou muito determinado a fazê-la. Por mim, preferia não ter de fazer rigorosamente nada e não interferir na autonomia do movimento desportivo. Mas vejo que finalmente as coisas começam a andar, que os associados da Liga – que é uma entidade privada na qual as sociedades desportivas é que são os sócios - finalmente estão a começar a perceber que também têm de fazer a parte deles", acrescentou hoje o secretário de Estado.
Os clubes de futebol também discutiram na segunda-feira a possibilidade de encontrarem um candidato único que os represente nas eleições, sem no entanto se ter avançado qualquer nome.
"Fico satisfeito por ver as coisas a andar e espero que andem rapidamente. O que queremos é que exista estabilidade e tranquilidade, para que a modalidade possa fazer o seu percurso", comentou hoje Emídio Guerreiro.
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