O grupo de sócios da Académica que requereu uma Assembleia-Geral Extraordinária para destituição da direção liderada por José Eduardo Simões anunciou hoje que desistiu dessa intenção devido à antecipação do ato eleitoral para maio do próximo ano.

Na sequência do requerimento de destituição, apresentado no dia 22 de outubro, com mais de duas centenas de assinaturas, o presidente da 'briosa' disse que a direção do clube vai solicitar à mesa da assembleia-geral a marcação de eleições para o final da época 2015/2016, antecipando um ato previsto para 2017.

"Entende a direção da Académica e o seu presidente, bem como a gerência da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ), comunicar que é sua intenção solicitar à mesa da assembleia-geral a antecipação do ato eleitoral estatutariamente previsto para 2017, ato esse que, deste modo, se deverá realizar no final da presente temporada desportiva 2015/2016", referiu o responsável, num comunicado lido após o empate da 'briosa' em Guimarães (1-1), no dia 24 de outubro.

O grupo de sócios que contesta a atual direção considerou hoje, em comunicado, que a "anunciada antecipação do ato eleitoral para maio de 2016 traduz a assunção do 'fim de ciclo' desta direção e respetiva gerência".

"No dia 29 de outubro realizou-se uma assembleia-geral que evidenciou a situação de falência técnica do clube e da SDUQ. Contudo, foram também ali suscitadas implicações desportivas", lê-se no documento, que realça o facto de os sócios não serem alheios a ambas as matérias.

Os sócios da Académica aprovaram na quinta-feira as contas da SDUQ da época anterior, que apresentaram um resultado líquido negativo de quase 1,5 milhões de euros.

O relatório e contas da época 2014/2015 foi aprovado com 126 votos favoráveis, 80 contra e 25 abstenções, numa das mais concorridas reuniões realizadas nos últimos anos.

Com o resultado negativo de 1,45 milhões de euros, o passivo da 'briosa' aumentou para 5,8 milhões, de acordo com os documentos aprovados.