Um golo de Nuno Assis, aos 90+7 minutos, de grande penalidade, deu hoje um triunfo 2-1 tão sofrido e importante como imerecido ao Vitória de Guimarães sobre o Rio Ave, na nona jornada da Liga de futebol.
O lance que está na base da vitória dos minhotos é, contudo, precedido de falta: Alex puxa e desequilibra Tiago Pinto, que toca depois a bola com o braço, sendo que o árbitro, Carlos Xistra, apenas marcou a segunda falta.
A forma efusiva como adeptos e jogadores comemoraram o golo de Nuno Assis espelha bem a intensidade do jogo e a importância do triunfo, já que permite ao Vitória sair da última posição, ultrapassando precisamente o Rio Ave, e ganhar um "balão de oxigénio" fundamental, dado o momento conturbado em que o clube está mergulhado, inclusivamente com um cenário de eleições antecipadas no horizonte.
A derrota da equipa de Vila do Conde, contudo, é um castigo demasiado pesado, que pecou apenas por não ter aproveitado melhor as várias ocasiões de golo que criou.
O Vitória de Guimarães começou melhor a partida, marcando logo aos oito minutos: livre de Toscano ao poste, a bola bateu no guarda-redes vila-condense e sobrou para a recarga vitoriosa de N'Diaye.
A equipa da casa teve uma grande oportunidade para dilatar o marcador, mas o "tiro" de João Alves de fora da área embateu com estrondo na barra (23).
O Rio Ave reagiu e um remate de Vítor Gomes (13) e dois de Christian Atsu (31 e 38) colocaram Nilson à prova, mas a grande defesa do guarda-redes do Vitória aconteceu aos 39 minutos, quando negou o golo a um cabeceamento de João Tomás.
Mas, na segunda oportunidade, o veterano avançado levou a melhor: passe fabuloso, de calcanhar, de Tarantini a isolar João Tomás, que, com um toque subtil com o pé esquerdo sobre Nilson, fez a bola anichar-se nas redes (45+1).
No reatamento, Edgar teve dois excelentes lances, primeiro com um remate à meia volta (47) e depois com um cabeceamento (49), mas, depois disso, o Rio Ave tomou conta do jogo, muito por ação do "endiabrado" Christian Atsu, avançado de 19 anos emprestado pelo FC Porto, que semeou por diversas vezes o pânico na defesa vitoriana.
Rui Vitória mexeu na equipa, colocando o médio ofensivo Barrientos, mas o Vitória continuou sem ligação entre os setores, vivendo de fogachos individuais.
Aos 70 minutos, novo duelo entre João Tomás e Nilson, com o guarda-redes a levar a melhor, tendo respondido o Vitória por Faouzi (76) e N'Diaye (87), mas Huanderson também "ganhou" aos avançados.
Pelo meio, o Rio Ave atirou à barra, por Tarantini, após canto de Vítor Gomes (81), que seria expulso aos 86 minutos por duplo cartão amarelo.
A terminar os cinco minutos de compensação surgiu a grande penalidade que Nuno Assis converteu em golo, dando uma importante, mas injusta, vitória aos minhotos.
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