O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, garantiu hoje que «há segurança no desporto em Portugal», classificando como «uma situação pontual» os incidentes registados segunda-feira no estádio do Sporting de Braga.

«Não devemos de um caso particular ter a tentação de generalizar e criar sentimentos de insegurança. Há segurança no desporto em Portugal», afirmou Miguel Relvas, durante a conferência de imprensa realizada no final da reunião semanal do conselho de ministros, quando questionado sobre os confrontos registados na segunda-feira no jogo entre o Sporting de Braga e o Paços de Ferreira.

Insistindo que não se pode generalizar situações que são particulares, o ministro recordou que ao longo dos anos, «numa relação muito próxima entre as polícias e os clubes», foi possível manter nos espetáculos desportivos de grande dimensão "situações de tranquilidade, de serenidade e de segurança nos estádios».

Interrogado se o Governo admite rever a lei que não prevê policiamento nos recintos desportivos, Miguel Relvas admitiu que estas «situações pontuais» tem que ser analisadas e avaliadas e que é necessário encontrar soluções para os problemas, mas advertiu que a revisão da lei não resolve «os problemas de fundo».

«Nós não podemos olhar para estas circunstâncias a partir de uma situação pontual», frisou, insistindo que o importante é valorizar a forma positiva como grandes eventos desportivos se têm realizado em Portugal.

«É esse lado que eu quero aqui valorizar. Uma andorinha não faz a primavera, é um alerta, temos que saber ler os sinais e ter agora as respostas adequadas. Como cidadão, como adepto do desporto em Portugal, sinto-me seguro nos recintos desportivos portugueses», acrescentou, recordando que a polícia também tem feito «um trabalho muito significativo, um trabalho que merece ser elogiado e também os clubes».

Na segunda-feira, na 18.ª jornada da I Liga de futebol, adeptos do Paços de Ferreira tiveram que se refugiar atrás de uma das balizas do Estádio Municipal de Braga, enquanto o jogo decorria, depois de uma investida de membros da claque bracarense Red Boys.

As bancadas do estádio bracarense não têm zonas estanques ou vedadas, tendo a situação sido potenciada pela ausência de forças policiais, que só chegaram ao intervalo depois de chamadas pelos responsáveis do Sporting de Braga.

Nesse jogo, o clube minhoto abdicou de policiamento, estando presentes apenas os assistentes de recintos desportivos.