Declarações de Helton e Nuno Valente, antigos jogadores do FC Porto, na apresentação da candidatura de André Villas-Boas à presidência dos azuis e brancos.

FOTOS: Apresentação da candidatura de André Villas-Boas à presidência do FC Porto

Helton, antigo guarda-redes do FC Porto

Apoio a Villas-Boas: "Estou aqui porque antes de qualquer coisa tenho um amigo que vem apresentar a sua candidatura. Por todo o respeito e por tudo o que fez por mim não poderia deixar de estar. Estou aqui para ajudar o André naquilo que ele precisar."

Está contra Pinto da Costa? "Estive há uns dias com o presidente, nunca teria algo contra o presidente. Se o André precisar de mim, eu estou aqui. O que significa? Significa que sou amigo dele, sou verdadeiro amigo, não sou falso, não estou só para apresentar."

Nuno Valente, antigo lateral esquerdo do FC Porto

Porque apoia Villas-Boas? "Ninguém pode negar que Pinto da Costa é um grande presidente, mas as pessoas têm consciência que nos últimos anos não está a correr bem. Não está a ser uma equipa muito competitiva. Sempre foi o ADN do FC Porto e não está a acontecer. O André é uma pessoa que os associados gostam, credível, acho que não há que ter receio de mudar."

Novo rumo: "Penso que André Villas-Boas é a pessoa certa para ver o clube de outra forma. O FC Porto ao longo dos anos sempre encaixou grandes transferências, e agora todos anos há a preocupação de não ter dinheiro para investir. André Villas-Boas, como pessoa do futebol, sabe o que pode ou não investir. Penso que é a pessoa certa."

Na apresentação da candidatura de André Villas-Boas estão figuras ilustres do universo portista, como Joaquim Oliveira, Tiago Madureira, Nuno Encarnação, Helton, António Sousa, Ricardo Sousa, Joaquim Jorge, Maniche, Nuno Valente, Jorge Costa, Daniel Sousa (ex-adjunto de Villas-Boas e treinador do Arouca), Rolando, Carlos Abreu Amorim, Cecília Pedroto e Rui Pedroto, Álvaro Magalhães (escritor), Tiago Mayan e Angelino Ferreira.

André Villas-Boas, de 46 anos, passou pelo comando técnico do FC Porto em 2010/11 e arrebatou quatro competições, entre as quais a I Liga portuguesa e a Liga Europa, que representa a última das sete conquistas internacionais da história dos ‘azuis e brancos’.

Iniciada na Académica (2009/10), a carreira de treinador principal passou também pelos ingleses do Chelsea (2011/12) - numa época em que os ‘blues’ venceram a primeira Liga dos Campeões do seu historial e uma Taça de Inglaterra - e do Tottenham (2012-2013).

Seguiram-se experiências com o Zenit São Petersburgo (2014-2016), no qual venceu um campeonato, uma Taça da Rússia e uma Supertaça, com os chineses do Shangai SIPG (2016-2017) e com os franceses do Marselha (2019-2021), último clube por si orientado.

Antes desse percurso nos bancos, André Villas-Boas assumiu funções de observador no FC Porto, integrando as equipas técnicas do já falecido inglês Bobby Robson e de José Mourinho - com quem trabalhou igualmente no Chelsea e nos italianos do Inter Milão - e teve uma breve passagem como diretor técnico da seleção das Ilhas Virgens britânicas.

Técnico mais jovem de sempre a arrebatar uma prova europeia, o detentor do Dragão de Ouro de treinador do ano em 2011 junta-se agora a Nuno Lobo, candidato derrotado em junho de 2020, nas eleições do FC Porto rumo ao quadriénio 2024-2028, cuja data ainda será marcada pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral (AG), José Lourenço Pinto.

Pinto da Costa, de 86 anos, ainda não revelou se concorrerá a um 16.º mandato seguido, numa fase em que é o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial, tendo sido eleito pela primeira vez como 33.º presidente da história do clube em abril de 1982.