Jorge Jesus lamentou a catástrofe dos incêndios que deixou Portugal a arder, do centro até ao norte. Na antevisão do jogo com a Juventus, na Sporting TV, o técnico dos ´leões` lamentou as 42 mortes e deixou um reparo aos políticos: é hora de ser menos teórico e mais prático. Jesus elogiou também a iniciativa da UEFA de permitir um minuto de silêncio nos jogos de Sporting e Benfica, em memória as vítimas dos incêndios.

"Ainda bem que a UEFA teve esse reconhecimento e vamos ter o minuto de silêncio em memória das vítimas dos fogos. Nenhum português está à margem disto. Não tenho a capacidade para ter uma opinião da facilidade com que os incêndios acontecem em Portugal. O que sentimos é que o nosso coração dói e particularmente as pessoas que foram vítimas. Como ignorante do que se possa fazer vou dar a minha opinião e dizer que os políticos têm de ser mais práticos e menos teóricos. A ciência é um conhecimento importante, mas a ciência da prática é mais importante. É preciso ouvir as pessoas que conhecem os terrenos e sabem prevenir e antecipar o que aconteceu. Espero que quem mande saiba mandar", pediu o técnico em declarações à Sporting TV.

UEFA autoriza minuto de silêncio em memória das vítimas dos incêndios
UEFA autoriza minuto de silêncio em memória das vítimas dos incêndios
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A UEFA decretou um minuto de silêncio nos jogos do Benfica e Sporting desta quarta-feira, para a Liga dos Campeões. Tal como aconteceu na terça-feira no RB Leipzig-FC Porto e Real Madrid-Tottenham, a receção do Benfica ao Manchester United e a deslocação do Sporting ao terreno da Juventus serão marcados por uma homenagem às vítimas dos incêndios que assolaram o centro e norte de Portugal.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 42 mortos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, na primavera, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.