O treinador Jesualdo Ferreira pediu hoje uma resposta empenhada dos futebolistas do lanterna-vermelha Boavista para contrariar, na terça-feira, a invencibilidade do líder Sporting, no jogo de encerramento da 15.ª jornada da I Liga.
“É um bom desafio para nós. Tudo o que pudermos fazer de bom só reverterá a nosso favor. É o tal jogo em que não vou falar de ganhar, perder ou empatar. Vou falar em competir e isso é estar à altura do nome e da história do Boavista e do adversário”, projetou o técnico, em declarações publicadas nas redes sociais dos portuenses.
Os 'axadrezados' nunca mais venceram desde o triunfo na receção ao Benfica (3-0), o único obtido nesta edição do campeonato, em 02 de novembro de 2020, e convivem com um ciclo de três empates e duas derrotas sob alçada do sucessor de Vasco Seabra.
“Tudo isso vai acumulando desgaste psicológico. Esta situação é nova para mim e para todos os jogadores. Não acredito que algum deles tenha passado por uma situação tão difícil como está a viver. É muito mais uma questão individual que se passa aqui e há que levantá-la, buscando o nosso objetivo de somar mais pontos e confiança”, apontou.
Apesar das contrariedades advindas da derrota em Tondela (3-1), assinalada pela expulsão da dupla de centrais do Boavista na meia horal inicial, Jesualdo Ferreira notou uma “semana muito boa de trabalho e atletas a quererem chegar a bons resultados”.
“Pela minha experiência, diria que, se isto tivesse acontecido noutras alturas, seria notória a falta de rendimento dos jogadores. Isso não acontece, mesmo que haja uma certa tristeza por não ter conseguido o objetivo. Pensávamos que tínhamos todas as condições para ganhar. Não aconteceu, mas não vamos começar a chorar por causa disso”, frisou.
Os cartões vermelhos diretos exibidos ao colombiano Cristian Devenish e ao nigeriano Chidozie deixaram os ‘axadrezados’ “limitados em competências e desejos”, embora o experiente treinador tenha realçado a “capacidade de luta durante os 90 minutos”.
“Senti-me orgulhoso pela imagem dada e revoltado com as duas expulsões, que me pareceram demasiado duras para a situação. Continuo a pensar que, quando os árbitros não têm bom senso, acontecem espetáculos como agora na final da Taça da Liga. É preciso ter algum cuidado nisso, independentemente de se cumprir a lei”, defendeu.
Frente a um “adversário muito forte”, que reconquistou no sábado a competição mais jovem do futebol profissional luso, Jesualdo Ferreira quer resolver “aquela dúvida de que as coisas não estão a acontecer de acordo com o trabalho e o rendimento exibido”.
“O Sporting tem uma equipa e um treinador jovem e inteligente. O Rúben Amorim foi capaz de criar uma equipa competitiva, acreditando que era possível chegar a melhor rendimento. Depois da eliminação da Liga Europa não houve mudanças, mas uma convicção no processo a seguir e isso só abona a favor do técnico”, observou.
O Boavista, 18.º e último colocado, com 11 pontos, recebe o Sporting, líder isolado, com 36, na terça-feira, às 21:15, no Estádio do Bessa, no Porto, no jogo de encerramento da 15.ª jornada da I Liga, com arbitragem de Fábio Veríssimo, da associação de Leiria.
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