Declarações do treinador do Santa Clara, João Henriques, após o jogo Vitória de Guimarães - Santa Clara (1-0), da 17.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Guimarães:

"Na estratégia, correu tudo bem. A eficácia é que não nos permitiu levar daqui mais qualquer coisa. Houve mais posse e mais remates por parte do adversário. Houve mais situações de perigo junto da nossa baliza, mas podemos dizer que as ocasiões mais flagrantes foram repartidas. Isso poderia ter dado pelo menos o empate. Não demos espaço ao adversário e fomos controlando a partida.

Tivemos duas grandes oportunidades [81 e 89], mas quem não marca arrisca-se a sofrer. Evitámos que o adversário chegasse a ocasiões claras de golo, tirando o lance do Léo Bonatini isolado [57 minutos]. Fomos competentes a impedir o jogo interior do adversário e criámos instabilidade ao Vitória. Depois, com a intranquilidade do Vitória, fomo-nos chegando mais à frente. Nestes estádios, contra estas equipas, paga-se caro falhar estas oportunidades.

As paragens aconteceram numa ou noutra situação. Lembro-me do Patrick e do cotovelo na cara do Costinha. Não foram propositadas. A única paragem propositada foi a do [guarda-redes] Marco, porque estávamos com menos um jogador em campo. Queríamos enervar o Vitória, mas tendo nós bola. Queríamos retirar os espaços para o Vitória atacar e o Pepê construir.

Temos 17 pontos. Normalmente, 34 são suficientes para a manutenção. Interessa-nos sobretudo melhorar a nossa prestação em casa e sermos mais consistentes nos resultados. Fora, temos feito um excelente campeonato. Perdemos apenas aqui [Guimarães], no Dragão [FC Porto] e em Braga [Sporting de Braga]. Estar em 13.º lugar [14.º] é mau. Temos menos quatro pontos do que na época passada, pela mesma altura. Desperdiçámos a vitória na Madeira [Marítimo]. No ano passado éramos vistos como a surpresa e, neste ano, somos vistos como o ‘patinho feio'. Não somos uma coisa nem a outra. Para a segunda volta, queremos ser melhores em casa e mais pragmáticos na conquista dos pontos.

Este mercado, para mim e para a administração, depende muito das saídas. Estamos satisfeitos com a generalidade das opções. Já dissemos que queríamos diminuir o número de jogadores. Tínhamos 27 e já diminuímos. Com 23 jogadores teremos um plantel mais competitivo, com mais gente a sentir-se importante no plantel. Podem existir saídas que precisemos de vir a colmatar".