Jorge Jesus deixou a última parte da grande entrevista à Sporting TV para comentar sobre o atual plantel leonino.

Saídas de mercado: "Há um ano entraram seis jogadores, Semedo, Coates, Schelotto, Marvin, Bruno César e Barcos. Este ano a política é outra, já não estamos em todas as competições para ter um plantel de 30. O plantel foi feito em cima do fecho do mercado. Vamos tentar ficar com 23. Já entrou Palhinha. Trabalhamos muito bem nisso, não é por acaso. Há um ano foi Semedo, este ano Palhinha e estão para voltar mais dois que começaram a pré-temporada comigo. Há um contencioso com as equipas onde estão que está a ser resolvido, espero que a bem. O projeto de emprestar e rodar na Liga tem sido muito bem concebido. Temos crescido a potencializar os talentos."

Chegada de André Pinto: "É jogador do Braga. Não é novidade que, quando jogámos com o Braga, eu disse que eles tinham jogadores que jogavam em qualquer um dos grandes. O André Pinto está incluído nesse lote. É jogador com muito valor, mas isso não passa por mim. A contratação é com o presidente. Tecnicamente sou eu. E juntamos as duas opiniões. O André Pinto é português, adaptado, e pode acrescentar valor a pensar no futuro."

Saída de Markovic: "Trabalhei um ano com ele. Teve dificuldade em apanhar a intensidade, velocidade e ideia da equipa, pois num ano na Turquia fez meia dúzia de jogos e lesionou-se nos últimos três meses. Depois teve outro problema: num lado joga Gelson, que fez uma abertura de campeonato espetacular, e do outro lado o Bryan, que também esteve espetacular. Isso fez com que não se afirmasse. Veio de um grande, o Liverpool, e pensava que chegava aqui e jogava."

As Dost, a grande contratação do Sporting: "Está bem diferente de quando chegou. Ainda está muito adaptado a um futebol no qual não participa muito nas ações de ligação do jogo, participava só na finalização, a jogar muito distante do portador da bola. E nestes meses temos vindo a criar novos hábitos de posição, de ligação com a equipa, melhorando essa capacidade de ligação quando joga de costas, como fizemos com o Slimani, e a sua capacidade técnica, decisões, e reforçando o que tem de bom: é um grande finalizador. E também está mais fácil para ele agora. Chegou sem saber uma palavra de português, o inglês facilitou o dar indicações, mas não é o mesmo explicar ao pormenor... É um autêntico profissional, todos os dias me pede a mim e ao Raúl José para ficar a trabalhar com ele. Quer aprender sempre mais, isso tem ajudado a valorizar."