Jorge Sousa não terá seguido uma das recomendações do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol. No lance em que foi mal assinalado um fora de jogo a Aboubakar, no minuto 56 do clássico, o árbitro portuense não retardou ao máximo a infração de fora de jogo.

Segundo avança o Correio da Manhã, que cita fontes federativas, os árbitros têm a indicação do CA para retardar ao máximo a infração do fora de jogo, sempre que se trate de situações claras de golo, esperando pela conclusão da jogada.

A publicação contactou vários árbitros, que revelou existirem dúvidas sobre esta recomendação. Se uns dizem que "não há recomendação nenhuma, pois a premissa base do CA é a dos árbitros decidirem, esquecendo o vídeo-árbitro", há outros que têm uma posição bem diferente.

"Sempre que um árbitro assistente assinalar fora de jogo, o árbitro deve apitar, aceitando as indicações do seu assistente, exceto em situações claras de golo, deve retardar ao máximo o fora de jogo, esperando pela conclusão da jogada".

Um destes juízes referiu mesmo o lance para exemplificar isso mesmo.

"O Jorge Sousa até esperou que o Aboubakar rematasse, mas em rigor devia ter esperado mais, mas não estava à espera que houvesse a recarga do Herrera, que é um segundo momento".

Recorde-se que o Benfica e o FC Porto empataram sem golos no Clássico de sexta-feira, onde os 'dragões' se queixam de três lances decisivos a seu favor que não foram marcados.