O antigo jogador do Benfica José Augusto considerou hoje que a eliminação nas meias-finais da Taça de Portugal de futebol frente ao FC Porto pode afectar animicamente a equipa para o resto da temporada.

«Esta derrota e esta eliminação poderão afectar animicamente a equipa do Benfica. Agora há que prepará-la, estruturá-la, recuperá-la para, se possível, passar o Braga», disse o antigo jogador, já pensando nas meias-finais da Liga Europa, nas quais os “encarnados” defrontam o Sporting da Braga.

Defendendo que a Taça da Liga, cuja final o Benfica disputa no sábado com o Paços de Ferreira, em Coimbra, «é uma prova de segundo plano», José Augusto diz que a meia-final da Liga Europa «é uma qualificação fundamental».

«O [Sporting de] Braga não vai ser um adversário fácil, moralizado como está. Gostaria de estar na final novamente com o Porto. Espero que não aconteça o que aconteceu aqui há uns anos, em que a equipa portuguesa jogou três vezes com a Grécia e nunca conseguiu atinar com a forma como jogaram», referiu.

Sobre a partida de quarta-feira, na Luz, com o FC Porto, José Augusto disse não querer «culpar ninguém» e lembrou «um ‘handicap’ muito grande, que foram as ausências do Salvio e do Gaitan, que são dois jogadores que fazem falta».

«O segundo golo, com a deslocação do Hulk, precipitou ainda mais a situação, marcando sobretudo a força anímica do Benfica. O FC Porto foi, sobretudo na segunda parte, sempre superior ao Benfica», referiu.

Embora reconheça que «o FC Porto acabou por revelar uma superioridade bastante acentuada em relação ao futebol produzido pelo Benfica”, o campeão europeu em 1961 e 1962 considerou que os “encarnados” não jogaram “de forma a poder defender os dois golos de vantagem».

«Não há dúvidas que houve demérito do Benfica de não se ter organizado como equipa colectiva. Eu bem sei que sofrer um golo abate a equipa, mas tem de estar preparada para estas situações», afirmou.