José Fernando Rio, candidato da lista C à presidência do FC Porto, apresentou hoje as linhas principais da sua candidatura, apontando várias vezes o dedo à liderança de Pinto da Costa.
"O FC Porto quer ser uma voz de referência no futebol nacional, mas para isso precisa de ter a casa ordenada. Neste momento, o FC Porto não tem uma voz ativa nas principais instituições nacionais e nas entidades governamentais", disse.
Para o candidato, "houve um autoafastamento da parte do clube e houve quem aproveitasse e tomasse conta do poder”.
“Queremos que nos respeitem e, hoje em dia, o FC Porto não é ouvido. Queremos ter relações institucionais com os clubes portugueses, mas há um com quem não é possível ter relações, porque sabemos que a sua teia de influências visa dominar o futebol português e prejudicar os seus adversários. Connosco isso vai mudar", afirmou.
José Fernando Rio abordou também um dos pilares do seu programa e que é a aposta na formação do FC Porto e a construção de uma Academia.
"A Academia para o futebol jovem é fundamental para o futuro do clube. A atual direção fez essa promessa há quatro anos e não cumpriu. Sem as contas equilibradas e sustentáveis não há dinheiro para investir em pavilhões para as modalidades. Só o Dragão Arena não é suficiente para as atuais modalidades e para as que pretendemos trazer para o clube. O FC Porto já foi mais eclético. Queremos também fazer uma aposta forte nas modalidades femininas", referiu ainda.
O candidato apelou aos associados para colocarem de parte o lado emocional na hora de exercerem o direito de voto.
"Os sócios do FC Porto aceitam as nossas ideias. O que nos falta para ultrapassar a meta em primeiro lugar é fazer com que os adeptos do FC Porto esqueçam o elo emocional que têm com Jorge Nuno Pinto da Costa. Para votar não pode ser só com o coração, mas também com a razão”, disse.
O candidato concordou que “existe esta dívida de gratidão” e que “falar nela abertamente” não menoriza a sua lista, “mas convém que os sócios tenham noção que só isso não chega para que o clube tenha futuro”.
“Pinto da Costa já foi o maior presidente do FC Porto, mas a verdade é que nos últimos anos a situação ficou pior e, se olharmos para o último mandato, o FC Porto estava melhor há quatro anos. O futuro do FC Porto está em causa se esse elo emocional não for quebrado”, concluiu.
As eleições no FC Porto acontecem nos próximos dias 6 e 7 de junho e tem 4 listas que vão a votos – a lista A, encabeçada por Jorge Nuno Pinto da Costa, a lista B, liderada por Nuno Lobo, a lista C, de José Fernando Rio, e a lista D que concorre apenas para o Conselho Superior e é liderada por Miguel Brás da Cunha.
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