O treinador do Marítimo, José Gomes, afirmou hoje que a receção de segunda-feira ao Benfica será encarada como uma “final”, apesar de não o ser, pelo que falta jogar da I Liga portuguesa de futebol.
“À medida que as jornadas vão passando, cada jogo vai tendo uma importância acrescida. Depois, a retoma tem trazido mais surpresas do que o habitual, mas, se olharmos ao calendário de todas as equipas na luta pela manutenção, ainda está muita coisa para acontecer. Tem de ser encarado como uma final e como se dependêssemos deste jogo para atingirmos os nossos objetivos, mas sabemos que não é, atendendo ao que falta jogar”, analisou, na conferência de imprensa de antevisão do jogo da 29.ª ronda, no Funchal.
A partida entre madeirenses e ‘encarnados’ marca uma má fase das duas equipas, pois ambas venceram apenas um dos últimos sete jogos, mas José Gomes não preparou o encontro à espera de um Benfica debilitado.
“O que dá confiança às equipas são as vitórias. Às equipas, ao processo, aos treinadores, aos clubes e, a esse nível, não estão a um nível de grande confiança. Agora, seria um erro terrível se pensássemos que, pelo Benfica vem de um momento menos conseguido, estará fragilizado e será um adversário fácil, porque não é verdade”, considerou.
Após vários dias em que tem sido noticiada a saída de Bruno Lage das ‘águias’, o treinador ‘verde rubro’ lembrou o trabalho do colega de profissão na chegada ao plantel principal do Benfica na temporada transata, ao levar a equipa do quarto lugar, a sete pontos do primeiro, à conquista do campeonato.
“A qualidade está lá, o trabalho está lá. Há muitos jogadores com qualidade no plantel e já o demonstraram esta época, a fazer grandes jogos. O que temos de fazer é respeitar essa qualidade e essa dimensão e jogar o nosso jogo o melhor que podermos e soubermos para conseguirmos os três pontos, que são o que queremos”, acrescentou.
Os insulares também vêm de uma derrota comprometedora, diante do Portimonense, por 3-2, que fez com que a vantagem para a zona de despromoção seja agora apenas de quatro pontos.
“O que está para trás, está para trás. Nem em todas as nossas vitórias, as coisas estavam bem, nem quando perdemos, tudo estava mal. A mim, que estou a orientar e que sou responsável pelas decisões e opções, compete-me ajudar os jogadores a estarem tranquilos e focados para agarrarem no de que bem temos feito”, salientou.
José Gomes garantiu que não esteve a “crucificar” os seus pupilos por erros cometidos, mas sim a auxiliá-los para entrarem melhor na partida seguinte, que se disputa nos Barreiros, onde o Marítimo conseguiu empatar frente ao FC Porto e Sporting esta época (ambas as vezes por 1-1).
O Marítimo, 16.º classificado, com 28, recebe o Benfica, segundo, com 64, na segunda-feira, pelas 18:00, com arbitragem de Jorge Sousa, da Associação de Futebol do Porto.
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