O médio Josué disse hoje querer garantir o quanto antes o apuramento do Paços de Ferreira para as competições europeias de futebol e realizar uma segunda volta ainda melhor, dando luta ao Sporting de Braga pelo terceiro lugar.

«Queremos garantir já um lugar europeu e continuar a fazer uma segunda volta melhor do que a primeira», disse à agência Lusa Josué, lembrando que uma vitória frente ao Marítimo e um empate no encontro entre o Estoril-Praia e o Nacional asseguram, desde logo, um inédito quarto lugar da equipa pacense.

Segundo o criativo médio pacense, de 22 anos, «há sempre objetivos» e o Paços de Ferreira, atualmente no terceiro lugar da I Liga e em vias de concretizar uma «época histórica», quer «dificultar ao máximo a tarefa do Braga, que já assumiu o objetivo de lutar para ser terceiro».

«Não vesti a camisola do Sporting frente ao Sporting de Braga, mas torci pelo meu amigo André Martins. O terceiro lugar é bom para nós, mas não sentimos qualquer pressão, como também não aconteceu quando caímos para o quarto lugar», sublinhou.

Josué reconheceu, no entanto, que «o calendário é difícil», ao colocar o Paços de Ferreira frente a equipas com ambições europeias e a precisarem igualmente de pontos.

Vai ser assim na sexta-feira, no jogo que abre a 25.ª jornada da I Liga, frente ao Marítimo, na opinião de Josué, «uma grande equipa, com um grande plantel, um grande treinador e algumas semelhanças na forma de jogar com o Paços».

«Eles têm obrigatoriedade de vencer para manterem o objetivo europeu, mas nós vamos fazer o nosso jogo e tudo faremos também para vencer», sublinhou.

Josué reconheceu que os adversários têm sentido dificuldades em anular a formação pacense, apesar de todos saberem como joga, tal como acontece com o Barcelona, apesar de evitar comparações.

«É impossível imitar o Barcelona, mas jogamos, é verdade, um futebol apoiado, a partir do guarda-redes. As equipas tentam dar pouco espaço no meio-campo, mas também temos sabido aproveitar as faixas laterais. Não há segredo, mas está ser complicado para as outras equipas travarem o Paços», afirmou.

Para Josué, «concentração máxima» é a receita pacense para encarar as seis derradeiras jornadas da I Liga e poder, depois, «desfrutar as férias com maior alegria», sem pensar nas possibilidades que a boa campanha individual lhe pode proporcionar.

Josué tem mais um ano de contrato com o Paços de Ferreira e, à Lusa, explicou a sua ascensão na equipa com uma maior maturidade, adquirida com o nascimento da filha, e o trabalho físico específico que realizou para perder peso e ganhar agressividade na disputa da bola.

«Sabia que tinha de dar outro rumo à minha vida, na certeza de que não me ia perder [como futebolista]», concluiu o futebolista, uma das revelações do Paços de Ferreira e da I Liga de futebol.