O tribunal de Setúbal adiou hoje para 20 de outubro o julgamento do presidente do Vitória de Setúbal e dois administradores da SAD (Sociedade Anónima Desportiva) por abuso de confiança fiscal, devido à falta dos advogados oficiosos dos arguidos.

O presidente do Vitória de Setúbal, Fernando Oliveira, e os administradores Paulo Oliveira (filho de Fernando Oliveira) e António Aparício respondem pelos crimes de abuso de confiança fiscal, relacionados com os pagamentos de IRS e IVA às finanças.

Os três arguidos e os advogados oficiosos nomeados pelo tribunal não compareceram na audiência marcada para hoje, pelo que o Tribunal nomeou outros dois advogados oficiosos, que pediram prazo para consultarem o processo.

Este pedido dos advogados oficiosos obrigou ao segundo adiamento consecutivo do julgamento, dado que, tal como hoje, a sessão marcada para 19 de maio também não se realizou.

O julgamento de Fernando Oliveira, Paulo Oliveira e António Aparício está agora marcado para as 10:00 do próximo dia 20 de outubro.

Em novembro do ano passado, o presidente do Vitória de Setúbal já tinha sido condenado a três anos de prisão, com pena suspensa, devido ao não pagamento de dívidas fiscais.

Os outros dirigentes do clube que também eram arguidos nesse processo, Paulo Oliveira, António Aparício e Vítor Hugo Valente, foram absolvidos, porque o tribunal deu crédito à versão do presidente do clube, que se assumiu como único responsável pelos crimes praticados pela Sociedade Anónima Desportiva do Vitória de Setúbal.