O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, e a restante direção apresentaram esta segunda-feira a demissão dos órgãos sociais.
Os responsáveis avançaram com o pedido de demissão devido ao clima de guerrilha que dizem existir no clube minhoto.
"Um ano depois das eleições, o clube está dividido e num jogo que devia ser de festa (Moreira de Cónegos), com a qualificação para as competições europeias, houve insultos por parte dos sócios. Nada mais nos prende ao Vitória do que a paixão, mas não podemos estar num clube em clima de guerrilha", começou por dizer Júlio Mendes numa conferência de imprensa que se realizou no Estádio Dom Afonso Henriques, acompanhado dos vice-presidentes Armando Marques, Hugo Freitas, Francisco Príncipe e Pedro Coelho Lima.
"Apresentamos, por isso, em conjunto a nossa renuncia aos cargos e fizemos um agendamento do processo eleitoral. Até lá vamos assegurar a preparação da nova época desportiva", acrescentou o dirigente.
"Os sócios querem manter o modelo atual da SAD, condenando-a à estagnação. Este modelo não oferece condições mínimas de investimento. O último investimento feito por acionistas na SAD foi há três anos. Aconteceu em julho de 2016", explicou ainda Júlio Mendes.
"Um clube totalmente dividido entre os que estão a favor e contra a direção que agora cai", concluiu.
Júlio Mendes garantiu ainda que não se vai recandidatar à presidência clube, ele que cumpria o terceiro mandato à frente do emblema minhoto.
Depois de ter sido vice-presidente do clube entre 2010 e 2011, num elenco liderado por Emílio Macedo da Silva, Júlio Mendes assumiu a presidência do Vitória em 31 de março de 2012, numas eleições em que bateu Pinto Brasil.
O dirigente foi reeleito em 2015, numas eleições sem concorrência, e, em 2018, no ato eleitoral mais concorrido da história do clube, em que derrotou Júlio Vieira de Castro, com 52% dos votos.
Júlio Mendes argumentou que a contestação incentivada pela ‘oposição' à sua liderança desde as últimas eleições até ao jogo em que o Vitória garantiu o quinto lugar na I Liga da época 2018/19, com um triunfo sobre o Moreirense (3-1), em 19 de maio, o levou a tomar a decisão de sair.
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