Ao fim de quase três meses, o Leixões conseguiu vencer por mais de dois golos de diferença - a última vez tinha sido a 17 de Janeiro, na vitória por 3-1 frente ao Belenenses - e, assim, manteve a tradição no Estádio do Mar, onde o Paços de Ferreira nunca conseguiu bater os donos da casa.

Na luta pela manutenção, ao Leixões só a vitória interessava e o início da partida não poderia ter sido mais auspicioso para a turma de Matosinhos.

Depois de ter visto, no minuto inicial, o árbitro Cosme Machado invalidar, por fora de jogo, um golo ao avançado forasteiro Pizzi, o Leixões inaugurou o marcador no minuto seguinte, através de Zé Manuel.

O veterano avançado do Leixões, que cumpriu um jogo de castigo na derrota frente ao Nacional, da jornada passada, conseguiu um forte pontapé à entrada da área, que não deu hipóteses de defesa a Coelho.

Moralizado com o golo madrugador, Zé Manuel destacava-se num Leixões mais desinibido do que é habitual e que encontrava no avançado a melhor solução para atacar a baliza pacense.

Foi assim aos 18 minutos, quando Zé Manuel obrigou Coelho a aplicar-se a fundo para defender mais um remate fortíssimo de fora da área.

A melhor ocasião de golo para o Paços de Ferreira apareceu logo a seguir (22 minutos), mas Pizzi, isolado, não foi capaz de bater o guardião austríaco Berger, naquela que foi a “defesa da tarde” no Estádio do Mar.

Para a segunda parte, Ulisses Morais, treinador do Paços Ferreira, apresentou uma equipa mais lançada para o ataque - tirou o defesa Kelly e lançou o médio André Leão e deixou nos balneários Filipe Anunciação para o substituir pelo avançado Romeu Torres -, mas foi o Leixões que dilatou a vantagem.

Aos 48 minutos, o avançado camaronês Pouga “encheu o pé” à entrada da área pacense e viu recompensada a sua intenção com um golo de belo efeito.

O jogo ficou mais aberto e emotivo, com as melhores oportunidades de golo a pertencerem aos donos da casa.

O Leixões esteve muito mais perto do terceiro golo, do que Paços do tento de honra e Ruben, que havia entrado para o lugar de Zé Manuel, poderia ter dilatado a vantagem, contudo o médio leixonense, sozinho na cara de Coelho, acabou por atirar ao lado.