As duas assembleias gerais da Liga Portuguesa de Futebol Profissional aprovaram hoje um relatório e contas da época 2016/17 com 2,5 milhões de lucro e um conjunto de alterações aos estatutos, sendo que nenhuma das votações mereceu qualquer voto contra.
"É um ciclo positivo em termo económico-financeiros da Liga. Continua o crescimento. A Liga foi intervencionada e cumpre com rigor o plano de reorganização que fez junto de credores, bancos, autoridade tributária e fornecedores", regozijou-se Mário Costa, presidente da Assembleia Geral.
Pedro Correia, diretor executivo coordenador da Liga, acrescentou que "o resultado operacional de 2,5 milhões está 13 por centro acima do planeado", sendo o que o mesmo foi "aprovado por unanimidade, tal como o relatório de atividades".
Mário Costa revelou ainda que "todas as propostas de alteração dos estatutos foram aprovadas na especialidade favoravelmente, sem qualquer voto contra", recordando que algumas das questões visaram "repor a legalidade em alguns pormenores dos estatutos".
O presidente da Liga passa a ter voto de qualidade, uma vez que a direção tem, atualmente, 10 elementos, número par. Paralelamente, a partir do próximo mandato, o conselho jurisdicional vai passar de 11 membros para sete e o conselho fiscal de cinco para três.
"Tendo em conta boas praticas gestão" foi decidido ainda que o orçamento deve ser aprovado até 30 de junho e as contas do ano anterior até 30 de setembro.
O fundo de equilíbrio financeiro passa a ter um máximo definido - não existia até ao momento - de um milhão de euros, sendo que valor superior deve ser decidido em assembleia geral.
Foi ainda criado um fundo de infraestruturas para a II Liga no valor de 500.000 euros.
A partir de agora, e para que todos os clubes venham à Liga com todos os dossiers "bem estudados", as propostas para serem votadas em assembleia geral devem ser entregues até três dias antes das mesmas, pelo que não podem ser apresentadas durante a mesma - isso não inibe o facto de serem discutidas e alteradas.
A LPFP passa a ter como um dos seus princípios a formação, dando seguimento a atividades que já existem de pós-graduação e informações aos membros das sociedades desportivas.
Também passa a ser regulada a "obrigatoriedade de criação de grupos de trabalho, um dos princípios basilares da participação das sociedades desportivas na vida do organismo", como referiu Sónia Carneiro, diretora executiva jurídica.
Foram ainda corrigidos vários "pormenores e clarificações para maior transparência e rigor, mesmo contabilísticos".
"A Liga e a sua direção trabalham para recuperar a sua imagem e [vida] financeira. Com sustentabilidade. Realço o facto de em todas as decisões não ter havido um único foto contra", concluiu Mário Costa.
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