Mário Figueiredo venceu as eleições para a presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. 

O advogado, de 45 anos, venceu António Laranjo, recebendo 27 votos contra 21 do antigo diretor da organização do Euro2004.

Os votos para a Mesa de Assembleia Geral e Comissão Disciplinar receberam o mesmo número, apoiando a mesma Lista B. André Diniz de Carvalho será o novo presidente da Assembleia Geral da LPFP e Júlio Manuel Vieira Gomes o novo responsável pela Comissão Disciplinar da Liga de Clubes.

Mário Figueiredo, o novo presidente da Liga de Clubes, recebeu o apoio de nove clubes da I Liga, totalizando 18 votos, e outros nova da II Liga.

A derrotada Lista A, de António Laranjo, recebeu sete votos dos clubes da I Liga, 14 no total, mais sete dos clubes da II Liga.

Na semana passada, os clubes da II Liga reuniram-se para determinar o sentido de voto nestas eleições. José Godinho, presidente dos clubes da II Liga, anunciou que todos os clubes da Liga de Honra iriam votar em António Laranjo. Algo que não sucedeu esta quinta-feira na sede de organismo.

Mário Figueiredo sucede assim a Fernando Gomes, que deixou a Liga para
assumir os destinos da Federação Portuguesa de Futebol, em dezembro.

Perfil

Mário Figueiredo, o novo homem forte da Liga Portuguesa de Futebol
Profissional (LPFP), deverá agora desempenhar a sua profissão principal,
a advocacia, em “part-time”, para poder dirigir os destinos do futebol
nacional. 

Embora o percurso no futebol seja uma evidência discreta
no currículo profissional, Mário Silvares de Carvalho Figueiredo há
mais de dez anos que é parte integrante do “plantel” futebolístico
nacional.

Advogado do Marítimo, presidido pelo seu sogro Carlos
Pereira, o novo presidente da LPFP é sócio da Sociedade de Advogados
portuense Gil Moreira dos Santos (advogado de Jorge Nuno Pinto da Costa,
presidente do FC Porto, no processo “Apito Dourado”), Adelino Caldeira
(Administrador da SAD portista), Cerenadas & Associados.

Casado
e pai de três filhos, o licenciado em Direito pela Universidade de
Coimbra foi o primeiro candidato a entrar oficialmente “na corrida” à
sucessão de Fernando Gomes, recém-eleito presidente da Federação
Portuguesa de Futebol (FPF), seguindo-se de António Laranjo, e tornou-se
hoje no sexto presidente da LPFP.

No seu projeto eleitoral,
Mário Figueiredo defendeu o regresso ao modelo de 18 equipas, a
necessidade da introdução de mecanismos de solidariedade na distribuição
das receitas dos direitos televisivos e da publicidade e a
internacionalização das imagens do futebol português.