O Marítimo comemorou hoje 107 anos de existência e o presidente do clube, Carlos Pereira, manifestou-se feliz com o atual momento da equipa de futebol e de olhos postos numa futura academia e na conclusão do estádio.

O dia de comemorações foi bastante preenchido, começando pela manhã no Almirante Reis, o 'berço' do clube, passando por Santo António e prosseguindo para a placa central do Funchal, em frente à Sé, em que as várias modalidades foram exibidas.

O plantel principal de futebol esteve presente e os jogadores, tal como o treinador Daniel Ramos, distribuíram sorrisos, autógrafos e juntaram-se aos sócios e simpatizantes na hora de tirar fotografias.

Após o cantar dos parabéns, com direito a um enorme bolo, equipado de 'verde rubro', Carlos Pereira falou com os jornalistas e confidenciou a sua felicidade num dia histórico.

"São 107 anos com uma vida pujante, feliz, com credibilidade e sem ansiedade. Queremos continuar assim, ser do povo, não renegar as suas origens, não perder a humildade, que é característica do Marítimo e é isso que tem feito a diferença em relação aos outros", referiu.

Os jantares de gala deixaram de existir para reduzir o dinheiro gasto no dia de aniversário e Carlos Pereira considera que o retorno acaba por ser maior.

"Nós optámos nos últimos anos por vir para a rua, festejar com as pessoas, vir demonstrar aquilo que o Marítimo tem. Não só tivemos o benefício financeiro como tivemos o retorno da aderência das pessoas, gratuitamente, graciosamente e com vontade de conviver neste ambiente", justificou.

A lembrar o passado e a festejar o presente, os olhos também estão postos no futuro e existem dois grandes objetivos em mente para o líder maritimista.

"O sonho é concretizar o estádio, que está utilizável, mas não concretizado. É um sonho que parecia uma utopia no princípio, mas que deixou de ser e estamos a chegar ao fim. O outro sonho, face ao crescimento que o Marítimo teve, é dar um passo mais acelerado para pensarmos na Academia", revelou.

Mesmo tendo condições de trabalho suficientes, falta ao Marítimo espaços e também privacidade para procurar "formar melhor" e "rentabilizar o investimento" feito pelo clube.

Carlos Pereira disse ainda compreender o apoio dos pais aos filhos, mas quer evitar a "Cristianomania", passando por "separar o trabalho dos técnicos, a vontade dos atletas e o egoísmo dos pais".

O momento da equipa principal também foi abordado e o terceiro lugar na I Liga é visto com enorme orgulho, além da exibição e o empate (0-0) conseguido em Alvalade, diante do Sporting, para a Taça da Liga.

"Eu sempre disse que esta equipa era mais equilibrada e com mais soluções do que as anteriores e ontem (terça-feira) voltámos a confirmar isso tudo. Qualquer presidente tem de estar feliz pelo trabalho que tem sido feito ao longo desta época, mas isto não é como começa, é como acaba", destacou.

Tal como Daniel Ramos já havia referido, Carlos Pereira coloca o campeonato no topo das prioridades, mas continua a olhar para a Taça da Liga, prova em que o Marítimo foi duas vezes finalista, com respeito.